São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 2006

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Santos perde pênalti, goleiro e repete 1 a 0

DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos que não sofre gols, mas que também não consegue atacar com eficiência, repetiu ontem na Vila Belmiro seu resultado cativo neste Paulista: 1 a 0. Foi sua quarta vitória consecutiva na competição pelo placar, desta vez sobre o Rio Branco, o que preocupa a comissão técnica do clube.
Entre os cinco mais bem colocados do campeonato, o Santos é o que tem menor saldo de gols, primeiro critério para desempatar times com a mesma pontuação.
Apesar da declarada preocupação do comando santista e de o adversário ocupar a faixa intermediária da tabela, Vanderlei Luxemburgo voltou a escalar o Santos na defensiva, com três zagueiros, o que não fazia desde a vitória sobre o Corinthians, havia 13 dias.
Mesmo com um esquema diferente, o destaque do Santos foi o mesmo das últimas partidas: Cléber Santana. Logo aos 5min, foi do meia santista a primeira chance de gol. Em jogada individual, o pernambucano avançou até a intermediária e chutou forte, rasteiro, para defesa de Marcelo Bonan.
Aos 9min, nova chance, desta vez com Rodrigo Tabata. Ele recebeu passe da Fabinho, mais uma vez deslocado para a ala direita, e acertou a trave do Rio Branco.
Assim foi o início da partida, com o Santos avançando e com Geílson e Magnum mostrando, enfim, o entrosamento elogiado por Luxemburgo nos treinos.
Foi numa jogada da dupla que saiu o solitário gol santista. Aos 18min, Magnum, da direita, cruzou bola rasteira na área, a zaga do Rio Branco não afastou, e a bola sobrou para Geílson marcar.
Recuado, marcando forte no meio e com pouca coordenação no ataque, o Rio Branco pouco ameaçou o gol de Fábio Costa. Uma das poucas chances na primeira etapa veio aos 36min, com Edimar cobrando falta à direita do gol defendido pelo santista.
A resposta veio na seqüência, novamente com Magnum servindo Geílson, mas dessa vez cruzando pelo lado esquerdo. O atacante, porém, não se deu bem na tentativa de voleio e mandou longe.
Aos 43min, Geílson mais uma vez tentou jogada complicada e se deu mal. Cléber Santana levantou na área, e o atacante tentou uma bicicleta. Pela linha de fundo.
"Estou tendo facilidade com o esquema, mas precisamos aproveitar as chances que aparecem", afirmou Geílson, no intervalo.
A intenção ficou no discurso. Porque, no segundo tempo, o Santos criou e aproveitou menos.
Como na primeira etapa, Cléber Santana foi o responsável por puxar os avanços de sua equipe. Mas foi Wendel que abriu caminho para a melhor chance santista, ao ser empurrado por Edimar na área. Na cobrança do pênalti, Cléber Santana acertou na trave.
Com Geílson e Magnum atuando distantes um do outro, o Santos pouco ameaçou o gol do Rio Branco. Até que, aos 37min, Luxemburgo sacou o segundo para a entrada de Heleno, volante. Foi sua terceira substituição, sinalizando conforto com o resultado.
Dois minutos depois, porém, susto nos torcedores: Fábio Costa, que completou 564 minutos sem sofrer gols, foi expulso por trocar empurrões com Júlio César.
A camisa de goleiro acabou sobrando para Wendel, que não precisou fazer defesas em sua "interinidade". "Eu não vi o Wendel no gol, nem em treino. Acho que, se uma bola rasteira fosse chutada para o gol, entraria", comentou o zagueiro Luiz Alberto. "Ainda bem que não veio nenhuma bola", concordou Wendel.
Pela próxima rodada, na quarta, o Santos pega o São Caetano. O Rio Branco recebe o Noroeste.


Colaborou a Agência Folha, em Santos

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