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Santos perde pênalti, goleiro e repete 1 a 0
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santos que não sofre gols,
mas que também não consegue
atacar com eficiência, repetiu ontem na Vila Belmiro seu resultado
cativo neste Paulista: 1 a 0. Foi sua
quarta vitória consecutiva na
competição pelo placar, desta vez
sobre o Rio Branco, o que preocupa a comissão técnica do clube.
Entre os cinco mais bem colocados do campeonato, o Santos é o
que tem menor saldo de gols, primeiro critério para desempatar times com a mesma pontuação.
Apesar da declarada preocupação do comando santista e de o
adversário ocupar a faixa intermediária da tabela, Vanderlei Luxemburgo voltou a escalar o Santos na defensiva, com três zagueiros, o que não fazia desde a vitória
sobre o Corinthians, havia 13 dias.
Mesmo com um esquema diferente, o destaque do Santos foi o
mesmo das últimas partidas: Cléber Santana. Logo aos 5min, foi
do meia santista a primeira chance de gol. Em jogada individual, o
pernambucano avançou até a intermediária e chutou forte, rasteiro, para defesa de Marcelo Bonan.
Aos 9min, nova chance, desta
vez com Rodrigo Tabata. Ele recebeu passe da Fabinho, mais uma
vez deslocado para a ala direita, e
acertou a trave do Rio Branco.
Assim foi o início da partida,
com o Santos avançando e com
Geílson e Magnum mostrando,
enfim, o entrosamento elogiado
por Luxemburgo nos treinos.
Foi numa jogada da dupla que
saiu o solitário gol santista. Aos
18min, Magnum, da direita, cruzou bola rasteira na área, a zaga
do Rio Branco não afastou, e a bola sobrou para Geílson marcar.
Recuado, marcando forte no
meio e com pouca coordenação
no ataque, o Rio Branco pouco
ameaçou o gol de Fábio Costa.
Uma das poucas chances na primeira etapa veio aos 36min, com
Edimar cobrando falta à direita
do gol defendido pelo santista.
A resposta veio na seqüência,
novamente com Magnum servindo Geílson, mas dessa vez cruzando pelo lado esquerdo. O atacante, porém, não se deu bem na tentativa de voleio e mandou longe.
Aos 43min, Geílson mais uma
vez tentou jogada complicada e se
deu mal. Cléber Santana levantou
na área, e o atacante tentou uma
bicicleta. Pela linha de fundo.
"Estou tendo facilidade com o
esquema, mas precisamos aproveitar as chances que aparecem",
afirmou Geílson, no intervalo.
A intenção ficou no discurso.
Porque, no segundo tempo, o
Santos criou e aproveitou menos.
Como na primeira etapa, Cléber
Santana foi o responsável por puxar os avanços de sua equipe. Mas
foi Wendel que abriu caminho
para a melhor chance santista, ao
ser empurrado por Edimar na
área. Na cobrança do pênalti, Cléber Santana acertou na trave.
Com Geílson e Magnum atuando distantes um do outro, o Santos pouco ameaçou o gol do Rio
Branco. Até que, aos 37min, Luxemburgo sacou o segundo para a
entrada de Heleno, volante. Foi
sua terceira substituição, sinalizando conforto com o resultado.
Dois minutos depois, porém,
susto nos torcedores: Fábio Costa,
que completou 564 minutos sem
sofrer gols, foi expulso por trocar
empurrões com Júlio César.
A camisa de goleiro acabou sobrando para Wendel, que não
precisou fazer defesas em sua "interinidade". "Eu não vi o Wendel
no gol, nem em treino. Acho que,
se uma bola rasteira fosse chutada
para o gol, entraria", comentou o
zagueiro Luiz Alberto. "Ainda
bem que não veio nenhuma bola", concordou Wendel.
Pela próxima rodada, na quarta,
o Santos pega o São Caetano. O
Rio Branco recebe o Noroeste.
Colaborou a Agência Folha, em Santos
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