São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

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Com 9 reservas, Santos vence e se mantém na ponta

Luxemburgo poupa titulares para a Libertadores e vê time fazer gol no final, com o zagueiro Ávalos, e bater o Marília

Marília 0
Santos 1

DA REPORTAGEM LOCAL

Reduzido, o elenco do Santos dá poucas opções ao técnico Vanderlei Luxemburgo. Mas, ao apostar em nomes certos, o treinador tem superado essa deficiência. Foi o caso de juniores estreantes e do meia Pedrinho, melhor em campo, ontem, quando o time bateu o Marília.
A vitória magra foi obtida no final da partida, com gol de cabeça de Ávalos, aos 43min, em falta cobrada por Pedrinho.
O tento manteve o Santos na liderança do Paulista, com 25 pontos, dois a mais do que o São Paulo. E em posição muito confortável, visto que aumentou para seis pontos a vantagem sobre o quinto colocado, o Ituano, primeiro que está fora da zona de classificação à semifinal.
Com o desgaste de uma maratona de jogos -foram 13 na temporada-, Luxemburgo teve que poupar nove titulares. Ficaram de fora Pedro, Antônio Carlos, Adaílton, Maldonado, Cléber Santana, Zé Roberto, Tiuí e Marcos Aurélio. Kléber estava suspenso. Só Fábio Costa e Rodrigo Souto atuaram.
Foram tantas mudanças que atletas como o zagueiro Marcelo, o volante Adriano, os atacantes Júnior e Renatinho tiveram chance de atuar. Nenhum deles vinha sendo utilizado na equipe principal do Santos.
"A estratégia só foi boa porque nós vencemos. Caso contrário, diriam que era errada", contou Luxemburgo. "Mas escolhemos isso porque temos gordura para queimar."
Alguns dos poupados tinham atuado em todos os 13 jogos na temporada, casos de Zé Roberto e Cléber Santana. Por isso, nem ficaram no banco.
Para ter uma idéia do que isso representa, os jogadores poupados foram responsáveis por 77,3% dos gols da equipe no Paulista. Os atletas que estavam em campo marcaram somente 5 dos 22 tentos.
Nesse cenário, não foi surpresa a dificuldade do time para fazer gols. Ainda contribuiu para isso boa atuação do goleiro do Marília, Júlio César.
A maioria das oportunidades santistas de marcar foram em arremates de dentro da área, alguns poucos da intermediária.. Ou seja, faltavam as finalizações fortes de Cléber Santana, artilheiro do Paulista-2007.
Sem ele, Pedrinho, Tabata, Jonas e Fabiano se revezaram nas tentativas. Os dois primeiros estiveram mais perto de marcar em jogadas pela esquerda, setor em que o Santos mais atacou, com Carlinhos.
Foi por ali que Pedrinho acertou a trave, em chute cruzado. E Tabata cobrou falta perigosa, defendida pelo goleiro do Marília. Quando Rodrigo Souto chutou de longe, a bola quase parou na arquibancada.
Do outro lado, o Marília também não mostrava competência para incomodar Fábio Costa. E isso não era surpresa, já que o time do interior marcou apenas 11 vezes.
Em meio a esse contexto, Pedrinho era o jogador mais lúcido em campo, criando as melhores jogadas. E ele só atua pelo Santos por conta da insistência de Luxemburgo, que dizia que o atleta estava recuperado das seguidas contusões.
"Ele não é um jogador doente. Só precisava jogar", explicou o técnico. Pedrinho vinha entrando em campo durante as partidas, mas começou atuando em poucos confrontos.
Além dele, Luxemburgo passou a ter mais alternativas na escalação, ao usar estreantes que foram bem, como Marcelo. Isso porque, até então, ele tinha utilizado menos de 20 atletas.
O Santos volta a jogar pelo Estadual no domingo, contra o Paulista, na Vila. Antes, na quinta, pega o Defensor Sporting-URU pela Libertadores.


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