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Com 9 reservas, Santos vence e se mantém na ponta
Luxemburgo poupa titulares para a Libertadores e vê time fazer gol no final, com o zagueiro Ávalos, e bater o Marília
Marília 0
Santos 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Reduzido, o elenco do Santos
dá poucas opções ao técnico
Vanderlei Luxemburgo. Mas,
ao apostar em nomes certos, o
treinador tem superado essa
deficiência. Foi o caso de juniores estreantes e do meia Pedrinho, melhor em campo, ontem,
quando o time bateu o Marília.
A vitória magra foi obtida no
final da partida, com gol de cabeça de Ávalos, aos 43min, em
falta cobrada por Pedrinho.
O tento manteve o Santos na
liderança do Paulista, com 25
pontos, dois a mais do que o São
Paulo. E em posição muito confortável, visto que aumentou
para seis pontos a vantagem sobre o quinto colocado, o Ituano,
primeiro que está fora da zona
de classificação à semifinal.
Com o desgaste de uma maratona de jogos -foram 13 na
temporada-, Luxemburgo teve que poupar nove titulares.
Ficaram de fora Pedro, Antônio
Carlos, Adaílton, Maldonado,
Cléber Santana, Zé Roberto,
Tiuí e Marcos Aurélio. Kléber
estava suspenso. Só Fábio Costa e Rodrigo Souto atuaram.
Foram tantas mudanças que
atletas como o zagueiro Marcelo, o volante Adriano, os atacantes Júnior e Renatinho tiveram chance de atuar. Nenhum
deles vinha sendo utilizado na
equipe principal do Santos.
"A estratégia só foi boa porque nós vencemos. Caso contrário, diriam que era errada",
contou Luxemburgo. "Mas escolhemos isso porque temos
gordura para queimar."
Alguns dos poupados tinham
atuado em todos os 13 jogos na
temporada, casos de Zé Roberto e Cléber Santana. Por isso,
nem ficaram no banco.
Para ter uma idéia do que isso representa, os jogadores
poupados foram responsáveis
por 77,3% dos gols da equipe no
Paulista. Os atletas que estavam em campo marcaram somente 5 dos 22 tentos.
Nesse cenário, não foi surpresa a dificuldade do time para fazer gols. Ainda contribuiu
para isso boa atuação do goleiro
do Marília, Júlio César.
A maioria das oportunidades
santistas de marcar foram em
arremates de dentro da área, alguns poucos da intermediária..
Ou seja, faltavam as finalizações fortes de Cléber Santana,
artilheiro do Paulista-2007.
Sem ele, Pedrinho, Tabata,
Jonas e Fabiano se revezaram
nas tentativas. Os dois primeiros estiveram mais perto de
marcar em jogadas pela esquerda, setor em que o Santos mais
atacou, com Carlinhos.
Foi por ali que Pedrinho
acertou a trave, em chute cruzado. E Tabata cobrou falta perigosa, defendida pelo goleiro
do Marília. Quando Rodrigo
Souto chutou de longe, a bola
quase parou na arquibancada.
Do outro lado, o Marília também não mostrava competência para incomodar Fábio Costa. E isso não era surpresa, já
que o time do interior marcou
apenas 11 vezes.
Em meio a esse contexto, Pedrinho era o jogador mais lúcido em campo, criando as melhores jogadas. E ele só atua pelo Santos por conta da insistência de Luxemburgo, que dizia
que o atleta estava recuperado
das seguidas contusões.
"Ele não é um jogador doente. Só precisava jogar", explicou
o técnico. Pedrinho vinha entrando em campo durante as
partidas, mas começou atuando em poucos confrontos.
Além dele, Luxemburgo passou a ter mais alternativas na
escalação, ao usar estreantes
que foram bem, como Marcelo.
Isso porque, até então, ele tinha
utilizado menos de 20 atletas.
O Santos volta a jogar pelo
Estadual no domingo, contra o
Paulista, na Vila. Antes, na
quinta, pega o Defensor Sporting-URU pela Libertadores.
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