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Palmeiras respira na festa de Marcos
No 350º jogo do goleiro e sob chuva, time quebra contra o São Caetano série de seis partidas sem vitórias no Paulista
Nelson Antoine/Futura Press
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O goleiro Marcos, que ontem, sem a braçadeira de capitão, completou sua 350ª partida com a camisa do Palmeiras, realiza defesa |
São Caetano 1
Palmeiras 2
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de seis partidas sem
vitória no Campeonato Paulista, o Palmeiras conseguiu dar
um presente ao goleiro Marcos,
que completou na tarde de ontem 350 jogos pelo clube, e um
alívio à sua torcida, ontem, no
estádio Anacleto Campanella.
Contra o São Caetano, a equipe alviverde alternou momentos de raça e técnica para vencer a chuva abundante e a pressão, obtendo um placar de 2 a 1.
Se não conseguiu deixar a nona posição na classificação, o
Palmeiras, ao menos, derrotou
um candidato direto à vaga nas
semifinais do Estadual.
Com isso, a equipe do treinador Caio Júnior ganha mais
confiança para enfrentar um
combalido time do Corinthians, que empatou anteontem contra o Rio Branco (1 a 1).
O clássico ocorrerá no próximo domingo, no Morumbi.
A comemoração palmeirense
teve direito até a um Caio Júnior exaltado, mostrando o
próprio agasalho e conclamando os torcedores à festa. Valdivia foi o mais festejado ao fim
do confronto no ABC.
O primeiro tempo foi complicado. Foi rúgbi, foi pólo
aquático, mas não foi futebol.
Pelo menos não enquanto a
chuva impediu qualquer possibilidade de praticá-lo.
Debaixo de tempestade e trovoadas, o árbitro Cleber Wellington Abade preferiu interromper a partida aos 32min do
primeiro tempo. "Ele perguntou para nós se dava para continuar, e eu respondi que não",
afirmou Marcos. "Afinal, alguém poderia acabar se machucando numa jogada mais forte."
O jogo ficou parado por 11
minutos, até que, com a trégua
do temporal, o juiz decidiu recomeçar a partida.
Numa jogada confusa dentro
da área, o Palmeiras saiu na
frente, com o atacante Alemão
marcando pela primeira vez
com a camisa alviverde.
"A poça d'agua ajudou, porque fez com que a bola parasse
e eu desse um biquinho para o
gol, mas fica difícil jogar com o
campo pesado", disse Alemão,
ao sair para o intervalo.
O São Caetano obteve seu
empate num lance de bola parada. Numa cobrança magistral
de Canindé, o goleiro Marcos
voou, porém não impediu o gol.
No segundo tempo, as condições climáticas ajudaram.
A chuva se transformou em
chuvisco, a drenagem do Anacleto Campanella pôde funcionar, e Valdivia teve campo para
apresentar sua magia.
Arrancando pela esquerda, o
meia-atacante deixou a marcação para trás e rolou a bola para
o meia William, na área, chutar
e desempatar, aos 17min.
O chileno era o principal responsável pelas melhores jogadas de ataque do Palmeiras.
Fosse nos belos passes, fosse
nos chutes, como o disparo que
passou muito próximo à trave
de Luiz, aos 31min.
Dessa forma, no segundo
tempo, período em que realmente houve futebol que merecesse análise, o Palmeiras mostrou algumas melhoras.
Pelo lado direito, Wendel não
tem a desenvoltura ofensiva de
Paulo Baier, mas foi uma sólida
segurança para a defesa.
Pela esquerda, o volante
Martinez e o lateral Leandro
justificaram o propalado entrosamento da época de Cruzeiro.
Na zaga, o novato David mostrou segurança ao lado de Edmilson, fora um ou outro susto
no fim do segundo tempo.
Para o clássico com o Corinthians, o Palmeiras deverá contar com a volta do atacante Edmundo, que está machucado.
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