São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

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Palmeiras respira na festa de Marcos

No 350º jogo do goleiro e sob chuva, time quebra contra o São Caetano série de seis partidas sem vitórias no Paulista

Nelson Antoine/Futura Press
O goleiro Marcos, que ontem, sem a braçadeira de capitão, completou sua 350ª partida com a camisa do Palmeiras, realiza defesa


São Caetano 1
Palmeiras 2

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de seis partidas sem vitória no Campeonato Paulista, o Palmeiras conseguiu dar um presente ao goleiro Marcos, que completou na tarde de ontem 350 jogos pelo clube, e um alívio à sua torcida, ontem, no estádio Anacleto Campanella.
Contra o São Caetano, a equipe alviverde alternou momentos de raça e técnica para vencer a chuva abundante e a pressão, obtendo um placar de 2 a 1.
Se não conseguiu deixar a nona posição na classificação, o Palmeiras, ao menos, derrotou um candidato direto à vaga nas semifinais do Estadual.
Com isso, a equipe do treinador Caio Júnior ganha mais confiança para enfrentar um combalido time do Corinthians, que empatou anteontem contra o Rio Branco (1 a 1).
O clássico ocorrerá no próximo domingo, no Morumbi.
A comemoração palmeirense teve direito até a um Caio Júnior exaltado, mostrando o próprio agasalho e conclamando os torcedores à festa. Valdivia foi o mais festejado ao fim do confronto no ABC.
O primeiro tempo foi complicado. Foi rúgbi, foi pólo aquático, mas não foi futebol. Pelo menos não enquanto a chuva impediu qualquer possibilidade de praticá-lo.
Debaixo de tempestade e trovoadas, o árbitro Cleber Wellington Abade preferiu interromper a partida aos 32min do primeiro tempo. "Ele perguntou para nós se dava para continuar, e eu respondi que não", afirmou Marcos. "Afinal, alguém poderia acabar se machucando numa jogada mais forte."
O jogo ficou parado por 11 minutos, até que, com a trégua do temporal, o juiz decidiu recomeçar a partida.
Numa jogada confusa dentro da área, o Palmeiras saiu na frente, com o atacante Alemão marcando pela primeira vez com a camisa alviverde.
"A poça d'agua ajudou, porque fez com que a bola parasse e eu desse um biquinho para o gol, mas fica difícil jogar com o campo pesado", disse Alemão, ao sair para o intervalo.
O São Caetano obteve seu empate num lance de bola parada. Numa cobrança magistral de Canindé, o goleiro Marcos voou, porém não impediu o gol.
No segundo tempo, as condições climáticas ajudaram.
A chuva se transformou em chuvisco, a drenagem do Anacleto Campanella pôde funcionar, e Valdivia teve campo para apresentar sua magia.
Arrancando pela esquerda, o meia-atacante deixou a marcação para trás e rolou a bola para o meia William, na área, chutar e desempatar, aos 17min.
O chileno era o principal responsável pelas melhores jogadas de ataque do Palmeiras. Fosse nos belos passes, fosse nos chutes, como o disparo que passou muito próximo à trave de Luiz, aos 31min.
Dessa forma, no segundo tempo, período em que realmente houve futebol que merecesse análise, o Palmeiras mostrou algumas melhoras.
Pelo lado direito, Wendel não tem a desenvoltura ofensiva de Paulo Baier, mas foi uma sólida segurança para a defesa.
Pela esquerda, o volante Martinez e o lateral Leandro justificaram o propalado entrosamento da época de Cruzeiro.
Na zaga, o novato David mostrou segurança ao lado de Edmilson, fora um ou outro susto no fim do segundo tempo.
Para o clássico com o Corinthians, o Palmeiras deverá contar com a volta do atacante Edmundo, que está machucado.


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