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Equipe treinará sob os olhares de estudantes da elite
DE JOHANNESBURGO
No hotel, privacidade total.
No campo de treinamento, o
barulho e a curiosidade de 700
adolescentes ávidos por conhecer a seleção. Durante pelo menos uma semana, o Brasil treinará no campo de uma escola
de segundo grau em Johannesburgo, a Hoerskool Randburg,
que estará em pleno funcionamento. As aulas só irão terminar em 9 de junho, dois dias antes do início da Copa.
"Os estudantes só falam em
ter uma chance de conhecer os
jogadores", disse o vice-diretor
da escola, Tony Knoetze.
Para ter sossego, a CBF exigiu a construção de uma grande
barreira em volta do campo,
hoje usado para rúgbi e que será adaptado para o futebol. Os
jogadores usarão uma entrada
exclusiva. O detalhe é que bem
ao lado da barreira há três prédios de tijolo aparente, utilizados para salas de aula, de onde
será possível ver o campo. Tendem a se tornar arquibancadas
improvisadas durante as sessões de treinamento.
A escola, a dez minutos do
hotel que servirá de concentração, foi a segunda opção de
Dunga para sediar os treinos da
seleção. A primeira foi descartada por ser distante.
A Hoerskool ensina em africâner, língua derivada do holandês, falada sobretudo pela
minoria branca. Os esportes ali
praticados por garotos de 14 a
18 anos são rúgbi e críquete.
A mensalidade é considerada
salgada para os padrões locais:
15 mil rands por ano (US$
2.000). Mas o investimento
compensa. A escola geralmente
entra na lista das melhores de
Johannesburgo. Mais de 90%
dos alunos são brancos, alguns
são mulatos e um ou outro é negro, pelo que a reportagem da
Folha pôde constatar ontem.
A grama, hoje dura e típica do
rúgbi, será trocada por outra,
mais fofa. Refletores serão instalados, e os vestiários, atualmente em mau estado de conservação, serão reformados.
Uma sala de ginástica ficará à
disposição dos jogadores, assim
como uma piscina. A reforma
toda sairá por US$ 500 mil,
bancados pela Fifa.
(FZ)
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