|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Patrocínio por merecimento pressiona atletas da esgrima
OLIMPÍADA
Avaliação quadrimestral define quem terá apoio
MARCEL MERGUIZO
DE SÃO PAULO
Neste fim de semana, a esgrima brasileira inicia uma
fase de investimento e pressão por resultados nunca vista pela modalidade no país.
A viagem de duas equipes
femininas, com três atletas
cada uma, para etapas da Copa do Mundo na Hungria e
na Polônia são o primeiro investimento da Petrobras, que
prevê gastar R$ 3,4 milhões
com a modalidade em 2011.
Mas o início da era patrocinada também traz cobrança.
Os 16 beneficiados foram
escolhidos por meio do ranking brasileiro e serão divididos em quatro níveis de
apoio, que variam de R$
1.500 a R$ 3.100 mensais.
Haverá reavaliação quadrimestral, e uma queda no
ranking pode custar diminuição ou perda da bolsa.
"Estamos nos valendo do
ranking, mas o nível técnico
e outras condições serão analisadas. Do envolvimento
nos treinos a uma análise
médica, para o atleta não se
acomodar. Temos que atingir
metas", afirma Ricardo Machado, vice-presidente da
Confederação Brasileira de
Esgrima (CBE) e coordenador
técnico do projeto.
A meta para 2011 é enviar
os atletas para 18 etapas da
Copa do Mundo, para o Mundial de Catania, na Itália, em
outubro, e conquistar até cinco medalhas no Pan de Guadalajara, no México, em outubro. Além de classificar ao
menos três deles para a Olimpíada de Londres-2012.
No último Pan, em 2007,
foram três bronzes, e, na
Olimpíada de Pequim-2008,
dois classificados (Renzo
Agresta e João Souza).
"Os atletas se autocusteavam tentando classificação
olímpica. De uma hora para
outra, entra um patrocínio
que, se não resolve todos
problemas, é muito além do
que já tivemos. É uma mudança de mentalidade, e a
cobrança vai ser muito grande", afirma Machado.
Na disputa das etapas da
Copa do Mundo neste fim de
semana, o Brasil está representado por Taís Rochel, Augusta Oliveira e Ana Bulcão
(no florete, em Gdansk), e
Amanda Simeão, Rayssa
Costa e Cléia Guilhon (na espada, em Budapeste).
Os salários são pagos pelo
Instituto Passe de Mágica,
que intermedeia o patrocínio
da Petrobras às confederações de esgrima, remo, taekwondo, levantamento de peso e boxe. A CBE recebe R$
1,1 milhão anual da Lei Piva.
Serão R$ 20,1 milhões investidos nestas modalidades
em 2011 (R$ 100,5 milhões
até 2014) via lei de incentivo.
Texto Anterior: C13 e Globo se atacam em comunicados Próximo Texto: Número 1 se sente, enfim, profissional Índice | Comunicar Erros
|