GUSTAVO HOFMAN
DA REPORTAGEM LOCAL

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

O América entra em campo hoje, às 16h, no Maracanã, contra o Americano, na condição de maior clube entre os quatro pequenos que disputam as semifinais da Taça Rio. No outro confronto da rodada dupla, Cabofriense e Madureira jogam às 18h.
Nesta edição da Taça Rio, os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro estão fora da disputa pelo título do segundo turno.
Sete vezes campeão carioca, a última delas em 1960, o América luta para ter a chance de brigar novamente pelo título, chance essa que deixou escapar na final da Taça Guanabara, no primeiro turno, ao perder para o Botafogo por 3 a 1. Os alvinegros aguardam o vencedor da Taça Rio para definir o campeão carioca de 2006.
A equipe comandada por Jorginho (campeão mundial em 1994) ostenta também o favoritismo nesta fase final, já que, somados os dois turnos do Estadual, o América é quem mais amealhou pontos, 20 no total.
O Americano, time do coração do presidente da Ferj (a federação fluminense), Eduardo Viana, chega credenciado pela regularidade demonstrada nos últimos quatro anos -sempre esteve entre os quatro melhores do Estadual.
Na segunda partida do dia, Cabofriense e Madureira decidem a segunda vaga na final da Taça Rio, uma semana após protagonizarem um vexatório "jogo de compadres". No domingo passado, as duas equipes se classificaram para a segunda fase da competição ao empatarem em 0 a 0, em Cabo Frio. Nos minutos finais, com o resultado favorável aos dois times, os jogadores pararam de atacar e ficaram apenas tocando a bola, esperando o apito final.
"Eles não quiseram atacar daquela vez, mas este jogo será totalmente diferente. Temos que ter muito cuidado", disse o técnico Ademir Fonseca, da Cabofriense.
Fonseca já tem no currículo um título estadual. Como técnico do Ituano, venceu o Paulista de 2002, marcado pela ausência dos grandes clubes de São Paulo, que disputavam o Torneio Rio-SP.
Nesta noite, os dois times precisam da vitória. Caso o empate permaneça, a decisão será nos pênaltis. No primeiro turno, a Cabofriense foi eliminada pelo América nas semifinais, na disputa das penalidades máximas.
A última vez que um clube pequeno venceu o Estadual do Rio foi em 1966, quando o Bangu se sagrou campeão. Passados 40 anos, um pequeno terá novamente a chance de tirar a hegemonia dos grandes, e justamente no ano em que a federação comemora o centenário da competição mais importante do Estado.
Resta saber qual. As dúvidas começam a ser sanadas hoje, num Maracanã esvaziado, sem as grandes torcidas do Rio.