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FUTEBOL
Líder, time de Vanderlei Luxemburgo se aproveita
de destempero do Juventus, que termina jogo com três a menos
Santos sofre, mas
vence e continua
na independência
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Era um incrível trabalho de resistência o que o Juventus operava
contra o Santos na noite de ontem
no Pacaembu, até que o destempero de seus jogadores pôs tudo a
perder -pelo placar de 2 a 1.
Aos 36min do segundo tempo,
o volante Naves foi expulso por
falta violenta sobre Renatinho. No
minuto seguinte, Reinaldo decretou a vitória, marcando de cabeça
após falta cobrada por Léo Lima.
Nesse minuto, o Santos mantinha sua situação de depender só
de si na tabela do Paulista, faltando três rodadas para o final. A
equipe está a cinco pontos do Palmeiras, que faz clássico com o Corinthians hoje e precisa vencer.
Naquele minuto, o Juventus se
desmontou. As reclamações furiosas contra o árbitro Rodrigo
Braghetto provocaram a expulsão
de Paulo Isidoro -principal válvula de escape juventina. Depois,
Manu quase quebrou a perna de
Wendel e, por isso, saiu mais cedo
rumo ao chuveiro. Erros que fizeram desabar o bom trabalho feito
anteriormente no Pacaembu.
A partida, aliás, ficou marcada
pelo número exagerado de cartões. Foram nove amarelos e três
vermelhos, num jogo em que o
Datafolha contou 33 faltas para
Juventus e 20 para o Santos.
Jogando de igual para igual, o time da Mooca não se intimidou
com a maior torcida rival no Pacaembu lotado e foi para cima.
Era o mandante e se portava como tal mesmo fora da rua Javari.
Conseguiu seu gol primeiro,
quando o volante Manu pegou
um rebote de fora da área, vencendo o goleiro Fábio Costa.
Minutos depois, a festa na Mooca deu lugar à resistência grená,
quando Cléber Santana cobrou
falta com categoria no ângulo direito de Marcelo, jogador que
mais brilhou na partida de ontem.
Com reflexos, agilidade e coragem, o goleiro evitou pelo menos
três gols claro do time do Santos e
foi o principal responsável pelo
desespero santista à medida que
os minutos passavam.
Principalmente porque os jogadores do Santos pareciam instruídos a tentar os chutes de fora da
área, devido à chuva forte que castigou o gramado.
No segundo tempo, o técnico
Vanderlei Luxemburgo apostou
em mais ofensividade. Tirou um
dos três zagueiros, Ronaldo, e pôs
o volante Wendel, liberando Cléber Santana para o ataque.
A torcida santista começava a ficar apreensiva com os erros de
ataque e, principalmente, com as
escapadas velozes de Paulo Isidoro nos contragolpes. Quando o
gol saiu, aos 37min do segundo
tempo, e as expulsões começaram
a surgir em profusão, o Pacaembu
encarnou a Vila Belmiro, e um
confiante grito santista de campeão começou a ser ouvido.
"Ainda não somos campeões,
tem muita coisa para acontecer",
disse o atacante Reinaldo ao sair,
antecipando-se ao pensamento
do comandante Luxemburgo.
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