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Título italiano eleva economia global, diz banco
DA BLOOMBERG
A economia global teria um
grande lucro com um possível tetracampeonato mundial da Itália
neste ano. Pelo menos isso é o que
aponta um estudo elaborado pelo
banco holandês ABN Amro.
A vitória de uma nação européia de peso poderia ""despertar
uma tendência econômica", divulgou o banco em comunicado.
Uma final entre Itália e Alemanha, as duas tricampeãs mundiais, seria uma "decisão econômica" pelo estudo. Isso porque
tanto italianos quanto alemães estariam segurando o crescimento
de outros países da União Européia por terem regiões que concentram investimentos.
Esse desequilíbrio, segundo o
ABN Amro, afeta também os
EUA e, conseqüentemente, a economia mundial, que necessita de
uma recuperação por meio de
"correções" na Europa.
"A economia italiana é obstruída por um inflexível mercado de
trabalho e uma deteriorada competitividade. Uma vitória da Itália
poderia incrementar o consumo e
produzir confiança e mais investimentos", diz Charles Kalshoven,
economista do mais poderoso
banco holandês.
A economia italiana tem se tornado a menos competitiva na
União Européia, caindo para o
47º lugar no ranking global apresentado no Fórum Econômico
Mundial. A Alemanha ostenta a
maior economia da Europa e viu
no ano passado os maiores índices de desemprego desde a Segunda Guerra Mundial.
Pela pesquisa do ABN Amro,
um país que vence a Copa passa a
ter uma performance econômica
consideravelmente melhor do
que a do país derrotado na final.
Pelo estudo, no ano do Mundial, o
país campeão tem um aumento
de 10% em média em seu mercado, e o país que perde a final apresenta uma queda média de 25%.
Esses números foram tomados
nas últimas três Copas do Mundo,
que sempre tiveram o Brasil na final contra um europeu -só em
1998 o integrante da União Européia, a França, levou a melhor.
"O título da Itália traria mais benefícios gerais. Poderia ser um
empurrão financeiro geral, com a
introdução de reformas econômicas por parte do governo."
O estudo feito pelo ABN Amro
levou em conta também as performances de países com base no
ranking da Fifa de seleções.
Nas casas de apostas britânicas,
a Itália tem figurado como a quarta maior favorita ao título da Copa
deste ano. O Brasil é a grande barbada. Na seqüência, aparecem
Argentina e Inglaterra. A Itália, na
famosa casa William Hill, tem
tantas chances quanto a Alemanha, anfitriã do evento -para cada libra apostada na Itália, são pagas quatro libras em caso de título
da seleção de Marcello Lippi.
Só uma vez na história uma Copa na Europa teve campeão de fora do velho continente. Em 1958,
na Suécia, o campeão foi o Brasil.
Das quatro maiores potências da
bola, a Itália é a que está há mais
tempo na "fila" -não ganha torneios de expressão desde 1982,
quando levou a Copa.
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