São Paulo, domingo, 26 de março de 2006

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Título italiano eleva economia global, diz banco

DA BLOOMBERG

A economia global teria um grande lucro com um possível tetracampeonato mundial da Itália neste ano. Pelo menos isso é o que aponta um estudo elaborado pelo banco holandês ABN Amro.
A vitória de uma nação européia de peso poderia ""despertar uma tendência econômica", divulgou o banco em comunicado.
Uma final entre Itália e Alemanha, as duas tricampeãs mundiais, seria uma "decisão econômica" pelo estudo. Isso porque tanto italianos quanto alemães estariam segurando o crescimento de outros países da União Européia por terem regiões que concentram investimentos.
Esse desequilíbrio, segundo o ABN Amro, afeta também os EUA e, conseqüentemente, a economia mundial, que necessita de uma recuperação por meio de "correções" na Europa.
"A economia italiana é obstruída por um inflexível mercado de trabalho e uma deteriorada competitividade. Uma vitória da Itália poderia incrementar o consumo e produzir confiança e mais investimentos", diz Charles Kalshoven, economista do mais poderoso banco holandês.
A economia italiana tem se tornado a menos competitiva na União Européia, caindo para o 47º lugar no ranking global apresentado no Fórum Econômico Mundial. A Alemanha ostenta a maior economia da Europa e viu no ano passado os maiores índices de desemprego desde a Segunda Guerra Mundial.
Pela pesquisa do ABN Amro, um país que vence a Copa passa a ter uma performance econômica consideravelmente melhor do que a do país derrotado na final. Pelo estudo, no ano do Mundial, o país campeão tem um aumento de 10% em média em seu mercado, e o país que perde a final apresenta uma queda média de 25%. Esses números foram tomados nas últimas três Copas do Mundo, que sempre tiveram o Brasil na final contra um europeu -só em 1998 o integrante da União Européia, a França, levou a melhor.
"O título da Itália traria mais benefícios gerais. Poderia ser um empurrão financeiro geral, com a introdução de reformas econômicas por parte do governo."
O estudo feito pelo ABN Amro levou em conta também as performances de países com base no ranking da Fifa de seleções.
Nas casas de apostas britânicas, a Itália tem figurado como a quarta maior favorita ao título da Copa deste ano. O Brasil é a grande barbada. Na seqüência, aparecem Argentina e Inglaterra. A Itália, na famosa casa William Hill, tem tantas chances quanto a Alemanha, anfitriã do evento -para cada libra apostada na Itália, são pagas quatro libras em caso de título da seleção de Marcello Lippi.
Só uma vez na história uma Copa na Europa teve campeão de fora do velho continente. Em 1958, na Suécia, o campeão foi o Brasil. Das quatro maiores potências da bola, a Itália é a que está há mais tempo na "fila" -não ganha torneios de expressão desde 1982, quando levou a Copa.


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