São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2007

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São Paulo perde também série invicta no Paulista

Com atletas improvisados diante do São Caetano, equipe sofre 2º revés seguido

São Caetano 1
São Paulo 0

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Agora, vai levar tempo até o torcedor são-paulino ouvir falar em invencibilidade.
Com um time coalhado de reservas e improvisações, o São Paulo perdeu ontem para o São Caetano por 1 a 0, quatro dias depois de ter perdido diante do Necaxa a série sem derrotas em 29 partidas de competição.
Bastante desfalcado, o São Paulo de Muricy Ramalho tinha como novidades um meio-campo com dois volantes improvisados -Hernanes e Júnior- e uma dupla de ataque nova, com Borges e Marcel.
Na verdade, o tradicional 3-5-2 tricolor foi readaptado para um 4-4-2, em que Alex Silva era um falso lateral, mais defensivo, pelo lado direito. Pelo lado onde o Necaxa conseguiu sua vitória, também o São Caetano saiu vitorioso ontem, por 1 a 0.
O gol azulino, que derrubou o último invicto do Paulista, só confirmou o que se via ao longo do primeiro tempo. Um lado direito são-paulino bastante vulnerável, que facultava ao time do ABC as principais jogadas de contra-ataque, devido ao desentrosamento e erros de posicionamento por aquele lado.
Havia muitos espaços entre os zagueiros Alex Silva e Edcarlos, o improvisado Hernanes.
Muricy havia detectado essa fragilidade e pedira a Alex Silva e Edcarlos que não subissem tanto, no primeiro tempo. Mas, aos 46min, Canindé recebeu nas costas da zaga, invadiu a área e conseguiu enfiar a bola entre Rogério e a trave direita.
Após o gol, Rogério levantou os braços, reclamando. Ao sair para o intervalo, o zagueiro Miranda, bastante irritado, pedia mais proteção à zaga. "Estamos muito abertos", avisava.
No aspecto ofensivo, também era um São Paulo de poucas esperanças.
Borges e Marcel estavam quase abandonados na frente, tamanha a dificuldade que havia nos meio-campistas e nos alas de lhes fornecer bolas à feição. Basta dizer que o São Paulo, que se acostumou a perder muitos gols nesta temporada, não criou nenhuma situação perigosa para o goleiro Luiz.
O São Caetano do técnico Dorival Júnior, por sua vez, impunha seu ritmo de contra-ataques e, com faltas estratégicas, matava a criação são-paulina.
A primeira chance de gol tricolor só ocorreu num chute de fora da área de Jadílson, aos 18min do segundo tempo.
O goleiro do São Caetano, entretanto, defendeu e ainda contou com a ajuda do travessão num lance dificílimo.
Culpa da dupla ou não, a torcida não demorou a pedir a entrada de Aloísio no segundo tempo. Muricy tampouco demorou a atender, colocando o atacante na vaga de Borges, ao mesmo tempo em que Hugo dava lugar a Francisco Alex.
Curiosamente, o São Paulo voltou do intervalo melhor na parte ofensiva sem deixar de proteger sua defesa com mais sucesso. Pelo lado esquerdo, Jadílson (principalmente), Júnior e Aloísio trabalhavam as melhores jogadas. Júnior e Souza, de fora da área, também chegaram perto do empate.
O São Caetano, diante da pressão, perdia em volume de jogo, mas se mantinha de pé.
Nem a entrada de Lenílson no lugar do zagueiro Edcarlos deu certo para o lado tricolor, que amargou sua primeira derrota após 20 jogos invicto pelo Paulista -a última vez havia sido contra o São Bento (2 a 0), na edição passada do torneio.
Na próxima quarta, o São Paulo volta a atuar pelo torneio estadual contra o Rio Branco, no Morumbi. No domingo que vem, o time encara o Palmeiras, novamente em seu estádio.


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