São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 2008

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Painel FC

RICARDO PERRONE - painelfc.folha@uol.com.br

Nômade

Ainda contestada pelo São Paulo, a decisão do Palmeiras de mandar o clássico em Ribeirão Preto foi embalada por acordo com a Ingresso Fácil. Três dias antes do jogo, o clube recebeu cerca de R$ 400 mil da empresa, que cuida da venda de bilhetes. Ela ficou com a renda. E bancou as despesas no estádio, mas não os gastos com locomoção e estadia do time, que permaneceu horas num hotel. O negócio é parte de trato maior. A parceira já tinha 22% das rendas palmeirenses em casa por antecipar R$ 1,2 mi em 2007.

Farra. Em alguns Estados, o Ministério Público começou a questionar clubes sobre a venda de meia-entrada. Quer saber que documentos exigem na bilheteria e nos portões. Tem informação de que quase ninguém pede a carteira de estudante no acesso.

Pente-fino. Em São Paulo, os grandes afirmam não terem sido questionados. Mas a Ingresso Fácil pediu ajuda para a PM na fiscalização da meia-entrada hoje, no duelo entre Palmeiras e Lusa. Promete que ninguém entra sem apresentar a carteirinha.

Faixa. Dirigentes do Palmeiras já tratam o time como "virtual campeão paulista", na contramão da frieza pregada por Vanderlei Luxemburgo.

Cinto apertado. Na ida da seleção para Londres só o massagista e o roupeiro do time foram na classe econômica. O restante da delegação se dividiu entre a primeira classe e a executiva, na qual a dupla fez outras viagens.

Atleta. Figura fácil nos jogos da seleção, Ingo Ostrovsky, gerente de comunicação da Nike, não apareceu em Londres. Deixou a empresa para assumir função semelhante na pré-candidatura do Brasil aos Jogos de 2016.

Meio caminho. Os R$ 50 mil que o meia Douglas ganhará no Corinthians representam metade do salário de Diogo Rincón, com quem deve disputar posição.

Barba branca. Pelo novo estatuto corintiano, quem quiser ser presidente e não é conselheiro vitalício terá de esperar pela morte de quase cem dos atuais. E disputar a vaga para depois tentar a presidência. Até o número de cadeiras cair de cerca de 200 para 100, nenhuma vaga abrirá.

Dia da mentira. Marco Aurélio Cunha diz que vai se dedicar à campanha ao conselho do São Paulo a partir de 1º de abril. Até lá, o superintendente quer dedicar-se só ao trabalho. A eleição será dia 14.

Bem na hora. A nova chance que Muricy Ramalho deve dar a Borges chegará no momento em que o atleta já demonstrava irritação a amigos. Achava-se injustiçado.

Ordem. Eurico Miranda diz não ser contra nova eleição no Vasco. "Não quero é que digam que houve fraude na anterior. A Justiça determinou outra porque o julgamento foi à nossa revelia". A diretoria não se defendeu.


Colaborou PAULO COBOS, enviado especial a Londres

Dividida

"Os espanhóis chegaram, montaram os bingos, aprontaram pra caramba, e nós é que temos de pagar a conta"
De ZEZÉ PERRELLA, vice-presidente do Cruzeiro, sobre dívida de R$ 15 milhões que paga até hoje, gerada por bingo que era ligado ao clube


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