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Andarilhos do futebol se tornam peças centrais no Parque São Jorge
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles não chegaram sob holofotes, como Ronaldo, mas dividem com o Fenômeno lugar de
destaque no Corinthians.
Depois de rodarem por outros clubes, foi no Parque São
Jorge que André Santos, Cristian e Alessandro ganharam
status de jogadores de primeira
linha ao se tornarem importantes dentro e fora de campo.
Contratados para ajudar o time a subir de volta para a Série
A do Campeonato Brasileiro, os
dois laterais e o volante aproveitaram a chance e conseguiram reformular as impressões
não tão positivas que deixaram
em passagens por outras equipes do futebol nacional.
Alessandro, 30, o mais experiente, começou a carreira no
Flamengo, onde foi tricampeão
estadual. Apesar dos títulos, jamais conseguiu tomar conta da
lateral direita rubro-negra.
No Palmeiras, fez parte de
um dos elencos que caracterizaram a fase do "bom e barato",
hoje tida como uma das piores
da história do clube alviverde.
O lateral passou, também
sem muito brilho, por Cruzeiro, Grêmio (onde trabalhou pela primeira vez com Mano Menezes) e Santos.
Mesmo no Corinthians, ele
demorou a se firmar. Em 2008,
foi um dos testados na lateral
direita, posição que só viria a
conquistar definitivamente
nesta temporada.
"No ano passado, tive muitas
contusões. Isso me atrapalhou
bastante", diz Alessandro, um
dos líderes do elenco, respeitado por seus colegas e homem de
confiança do treinador gaúcho.
"É normal jogadores chegarem
a um grande clube e precisarem
de um tempo para se adaptar",
pondera o jogador.
Se Alessandro se impôs pela
atitude dentro do grupo, André
Santos se tornou imprescindível com um desempenho em
campo que não teve na época
em que passou por Atlético-MG e Flamengo.
No clube carioca, aliás, sua
passagem foi tão discreta que
poucos se lembram de sua presença no elenco campeão da
Copa do Brasil de 2006. Ele, no
entanto, não chegou a participar das finais -foi negociado
antes com o Figueirense.
Situação muito diferente da
vivida no Corinthians, onde,
além de ser um dos principais
construtores de jogadas e ser
responsável pela saída de bola
da defesa para o ataque, é também o colega mais próximo de
Ronaldo, com quem divide o
quarto nas concentrações.
Já Cristian conquistou não
só lugar no time como também
a predileção dos torcedores.
Apesar de desempenhar em
campo uma função muito semelhante à que tinha no Flamengo, que não fez força para
segurar o volante quando o Corinthians demonstrou interesse nele, apenas no clube alvinegro ganhou status de ídolo.
Marcador implacável, o atleta se tornou uma espécie de
símbolo de raça, bem ao gosto
da Fiel. Ainda mais depois dos
clássicos contra o São Paulo,
quando fez o gol da vitória e festejou com gesto obsceno.
(PGA)
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