São Paulo, domingo, 26 de abril de 2009

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Andarilhos do futebol se tornam peças centrais no Parque São Jorge

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles não chegaram sob holofotes, como Ronaldo, mas dividem com o Fenômeno lugar de destaque no Corinthians.
Depois de rodarem por outros clubes, foi no Parque São Jorge que André Santos, Cristian e Alessandro ganharam status de jogadores de primeira linha ao se tornarem importantes dentro e fora de campo.
Contratados para ajudar o time a subir de volta para a Série A do Campeonato Brasileiro, os dois laterais e o volante aproveitaram a chance e conseguiram reformular as impressões não tão positivas que deixaram em passagens por outras equipes do futebol nacional.
Alessandro, 30, o mais experiente, começou a carreira no Flamengo, onde foi tricampeão estadual. Apesar dos títulos, jamais conseguiu tomar conta da lateral direita rubro-negra.
No Palmeiras, fez parte de um dos elencos que caracterizaram a fase do "bom e barato", hoje tida como uma das piores da história do clube alviverde.
O lateral passou, também sem muito brilho, por Cruzeiro, Grêmio (onde trabalhou pela primeira vez com Mano Menezes) e Santos.
Mesmo no Corinthians, ele demorou a se firmar. Em 2008, foi um dos testados na lateral direita, posição que só viria a conquistar definitivamente nesta temporada.
"No ano passado, tive muitas contusões. Isso me atrapalhou bastante", diz Alessandro, um dos líderes do elenco, respeitado por seus colegas e homem de confiança do treinador gaúcho. "É normal jogadores chegarem a um grande clube e precisarem de um tempo para se adaptar", pondera o jogador.
Se Alessandro se impôs pela atitude dentro do grupo, André Santos se tornou imprescindível com um desempenho em campo que não teve na época em que passou por Atlético-MG e Flamengo.
No clube carioca, aliás, sua passagem foi tão discreta que poucos se lembram de sua presença no elenco campeão da Copa do Brasil de 2006. Ele, no entanto, não chegou a participar das finais -foi negociado antes com o Figueirense.
Situação muito diferente da vivida no Corinthians, onde, além de ser um dos principais construtores de jogadas e ser responsável pela saída de bola da defesa para o ataque, é também o colega mais próximo de Ronaldo, com quem divide o quarto nas concentrações.
Já Cristian conquistou não só lugar no time como também a predileção dos torcedores.
Apesar de desempenhar em campo uma função muito semelhante à que tinha no Flamengo, que não fez força para segurar o volante quando o Corinthians demonstrou interesse nele, apenas no clube alvinegro ganhou status de ídolo.
Marcador implacável, o atleta se tornou uma espécie de símbolo de raça, bem ao gosto da Fiel. Ainda mais depois dos clássicos contra o São Paulo, quando fez o gol da vitória e festejou com gesto obsceno. (PGA)


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