São Paulo, domingo, 26 de abril de 2009

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Final renova idade e figurino de treinadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Independentemente de quem levar a melhor, o técnico campeão paulista de 2009 terá características diferentes dos outros que ganharam o torneio nesta década.
Tirando o Paulista de 2002, que não teve os grandes nem alguns médios do Estado, o treinador campeão sempre foi alguém mais velho do que a idade que hoje têm Mano Menezes, 46, e Vagner Mancini, 42.
No período, a idade dos técnicos campeões variou dos 49, que tinham Vanderlei Luxemburgo, em 2001, e Muricy Ramalho, em 2004, aos 56, do mesmo Luxemburgo, em 2008, passando pelos 53 de Geninho, em 2003, e os 55 de Emerson Leão, em 2004.
Mais jovens, Mano e Mancini também não repetem, na beira do campo, o guarda- -roupa dos técnicos campeões paulistas na década.
No lugar do terno e gravata de Luxemburgo e do figurino agasalho e camisa do clube de Emerson Leão, Geninho e Muricy, os dois sempre se vestem no estilo "esporte fino", com calça social e camisa de botões, quase sempre de manga comprida.
Nas entrevistas, ambos têm boa oratória e costumam falar bastante da parte tática de suas equipes.
A "modernidade", no entanto, não se repete na relação dos dois com a arbitragem. Como a turma de técnicos mais antiga, eles não se cansam de reclamar do trabalho dos árbitros.
Isso acontece até quando ganham, como aconteceu com Mancini após a vitória do Santos sobre o Palmeiras no segundo jogo das semifinais do Paulista-2009.
No ano passado, após perder a final da Copa do Brasil para o Sport, em Recife, com uma atuação pífia de sua equipe, Mano seguiu a diretoria do clube e atribuiu ao juiz Alício Pena Júnior boa parte do fracasso corintiano.
Mas os dois técnicos finalistas do Paulista também diferem em alguns pontos.
O relacionamento com as estrelas de suas equipes é um deles. Mano está em lua de mel com Ronaldo desde que o fez debutar na equipe, no começo do mês passado.
Mancini já teve uma desavença com o atacante Kléber Pereira, por tê-lo levado junto com o time para Alagoas, mas deixá-lo de fora do jogo contra o CSA. Kléber Pereira disse que ficou tão cansado como se tivesse atuado, causando um mal-estar no clube do litoral sul paulista.


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