São Paulo, segunda-feira, 26 de abril de 2010

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Santo André acorda de sonho em 13 minutos

Azarão surpreende no 1º tempo, mas falha nas finalizações e amarga virada

Santo André 2
Santos 3


DA REPORTAGEM LOCAL

O Santo André fez um primeiro tempo exemplar. Atacou, marcou por pressão e fez um gol. Mas bastaram 13 minutos da etapa final para que o sonho de conquistar o título inédito ficasse mais distante.
"O Santos voltou com uma pressão enorme para cima da gente", justificou-se o meia Bruno César, autor da cobrança de falta que, aos 35min, entrou no canto direito de Felipe.
O gol fazia jus ao domínio surpreendente imposto pelos comandados de Sérgio Soares, que não se abalaram nem com o lance inicial do duelo -Wesley recebeu de Robinho e exigiu boa defesa de Júlio Cesar.
Foi a única vez em que o time da Vila incomodou. Diante de um Pacaembu estarrecido com o toque de bola do rival, o jogo só tinha fluidez de um lado.
O nome do Santo André não era Rodriguinho, artilheiro da equipe, nem Branquinho, um dos poucos que, mesmo quando sua equipe dominava, ficaram aquém do resto do time.
Gil, o camisa 7, desarmou -foram 17 roubadas de bola, segundo o Datafolha-, acertou 95% de seus passes e organizou o miolo. De seus pés nasciam contragolpes em alta velocidade do clube andreense.
Pena, para o campeão da Copa do Brasil de 2004, que a finalização foi o seu grande ponto fraco. De 19 chutes a gol tentados, apenas seis foram certos.
"Ser eficiente na finalização faz a diferença. Poderíamos ter saído do primeiro tempo com três gols. O Santos não havia criado nada", lamentou Sérgio Soares, depois da partida.
No intervalo, segundo revelaria depois o santista Léo, uma bronca do técnico Dorival Jr. também ajudou a modificar totalmente o panorama do jogo.
O segundo tempo começou igualzinho ao anterior, com uma oportunidade de gol desperdiçada pelo Santos -André, substituto de Neymar, concluiu nas mãos de Júlio Cesar.
O que mudou, porém, foi a disposição da equipe. Léo descobriu uma avenida pelo lado esquerdo e, por ali, achou todo o espaço para atacar o oponente. Gil teve de sair de sua posição original para frear o lateral, o que deixou um buraco no meio-campo andreense.
Em um vacilo da marcação, Ganso cruzou na cabeça de André, que empatou aos 13min. Wesley, duas vezes, foi o responsável pela virada do Santos. Aos 26min, o placar já mostrava 3 a 1 para os meninos da Vila.
Foi assim, rápido e avassalador. O Pacaembu, então calado, entrou em êxtase e empurrou o time, que passou a jogar mais solto -Robinho, discreto, conseguiu até um chapéu.
A festa só não foi maior graças ao gol sem querer de Rodriguinho, aos 38min, que alimentou o que resta de esperança para a torcida do time do ABC.
"Estava mais difícil com 3 a 1. O gol nos dá um ânimo maior", afirmou o lateral Rômulo.
(LUCAS REIS E RENAN CACIOLI)


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