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Santo André acorda de sonho em 13 minutos
Azarão surpreende no 1º tempo, mas
falha nas finalizações e amarga virada
Santo André 2
Santos 3
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santo André fez um primeiro tempo exemplar. Atacou, marcou por pressão e fez
um gol. Mas bastaram 13 minutos da etapa final para que o sonho de conquistar o título inédito ficasse mais distante.
"O Santos voltou com uma
pressão enorme para cima da
gente", justificou-se o meia
Bruno César, autor da cobrança
de falta que, aos 35min, entrou
no canto direito de Felipe.
O gol fazia jus ao domínio
surpreendente imposto pelos
comandados de Sérgio Soares,
que não se abalaram nem com o
lance inicial do duelo -Wesley
recebeu de Robinho e exigiu
boa defesa de Júlio Cesar.
Foi a única vez em que o time
da Vila incomodou. Diante de
um Pacaembu estarrecido com
o toque de bola do rival, o jogo
só tinha fluidez de um lado.
O nome do Santo André não
era Rodriguinho, artilheiro da
equipe, nem Branquinho, um
dos poucos que, mesmo quando sua equipe dominava, ficaram aquém do resto do time.
Gil, o camisa 7, desarmou
-foram 17 roubadas de bola,
segundo o Datafolha-, acertou
95% de seus passes e organizou
o miolo. De seus pés nasciam
contragolpes em alta velocidade do clube andreense.
Pena, para o campeão da Copa do Brasil de 2004, que a finalização foi o seu grande ponto
fraco. De 19 chutes a gol tentados, apenas seis foram certos.
"Ser eficiente na finalização
faz a diferença. Poderíamos ter
saído do primeiro tempo com
três gols. O Santos não havia
criado nada", lamentou Sérgio
Soares, depois da partida.
No intervalo, segundo revelaria depois o santista Léo, uma
bronca do técnico Dorival Jr.
também ajudou a modificar totalmente o panorama do jogo.
O segundo tempo começou
igualzinho ao anterior, com
uma oportunidade de gol desperdiçada pelo Santos -André,
substituto de Neymar, concluiu
nas mãos de Júlio Cesar.
O que mudou, porém, foi a
disposição da equipe. Léo descobriu uma avenida pelo lado
esquerdo e, por ali, achou todo
o espaço para atacar o oponente. Gil teve de sair de sua posição original para frear o lateral,
o que deixou um buraco no
meio-campo andreense.
Em um vacilo da marcação,
Ganso cruzou na cabeça de André, que empatou aos 13min.
Wesley, duas vezes, foi o responsável pela virada do Santos.
Aos 26min, o placar já mostrava 3 a 1 para os meninos da Vila.
Foi assim, rápido e avassalador. O Pacaembu, então calado,
entrou em êxtase e empurrou o
time, que passou a jogar mais
solto -Robinho, discreto, conseguiu até um chapéu.
A festa só não foi maior graças ao gol sem querer de Rodriguinho, aos 38min, que alimentou o que resta de esperança
para a torcida do time do ABC.
"Estava mais difícil com 3 a 1.
O gol nos dá um ânimo maior",
afirmou o lateral Rômulo.
(LUCAS REIS E RENAN CACIOLI)
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