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Inovação fica
só nas pistas
do enviado a Imola
Se existe uma razão para
uma empresa se envolver
com F-1, nos dias atuais, ela
se resume ao marketing ou
publicidade que a categoria
pode fornecer a sua marca.
A velha ladainha sobre
"laboratório das pistas"
não sobrevive à análise.
Em São Paulo, durante
simpósio técnico sobre automobilismo, paralelo ao
GP Brasil, houve concordância entre diversos especialistas sobre o tema.
Há muito tempo que algo
em teste na F-1 não é transferido para os carros. O caso dos pneus é exemplar, e
a Goodyear usa isso como
motivo para anunciar sua
saída ao final do ano.
Existem duas razões básicas para o fenômeno. Por
um lado, a sofisticação da
F-1 nunca chegará aos veículos de rua, onde as necessidades são muito diversas.
Parodoxalmente, o campo de trabalho dos fornecedores é cada vez mais restrito pelo regulamento. Um
motor de F-1, apesar da excelência técnica, abre mão
de materiais como cerâmica e porcelana, já em uso
em carros de passeio.
O descompasso deixa como argumento de investimento apenas o marketing,
devido à audiência de TV.
Nesse universo, a tentativa da Petrobrás na Williams chega a ganhar tons
quixotescos. Mas a estatal
conta com bons argumentos, como o valor incrivelmente baixo de investimento e a necessidade de divulgar a marca fora do Brasil.
Com o fim do monopólio,
a estatal só pode se expandir para o exterior. Começa
a instalar postos na Argentina e planeja alcançar outros países da América do
Sul e até mesmo os EUA.
Está claro, no entanto,
que a empresa não esperava
encontrar um desafio tão
grande.
(JHM)
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