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O PERSONAGEM
Viola queria ser titular
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
O atacante Viola sinalizou
após a partida que se sentiu injustiçado por não ter retornado
ao time do Santos como titular,
após 29 dias afastado em razão
de uma lesão muscular.
Depois de a torcida gritar seu
nome em coro ainda no primeiro tempo, ele entrou no intervalo da partida, no lugar de
Rodrigão, e marcou o gol que
empatou o jogo em 2 a 2 e abriu
caminho para a virada santista.
"Todos os jogadores daqui
que jogavam como titular e se
machucaram retornaram à
equipe. Eu fui o único que não,
mas nada contra. A gente nunca sabe o que passa na cabeça
do treinador", declarou.
Após o jogo, o técnico Leão
disse que deixou Viola no banco devido ao receio de que o
atacante pudesse voltar a sentir
a lesão muscular.
"Ainda estou com medo. Ele
ficou 30 dias parado e só fez
dois treinos. Tinha receio de
que ele sentisse em dois ou três
minutos. Se o Rodrigão estivesse fazendo uma excelente partida, ficaria", disse Leão.
Agência Folha - Como você
avalia seu desempenho após
tanto tempo machucado?
Viola - Depois de 29 dias contundido, fazer trabalho físico
durante a semana, coletivo no
time de baixo, ficar no banco
incentivando os jogadores e
acreditando no potencial de cada um, tive meu momento de
entrar. Aí, foi isso que vocês
puderam ver: garra, determinação e muita vontade.
Agência Folha - Você vai ficar
com a bola da partida?
Viola - Vou levar embora pela
belíssima atuação, por acreditar cada vez mais no meu potencial. Como estou vindo de
uma lesão e joguei com uma
cinta na coxa e uma bermuda
por baixo, valeu a força de vontade. Por isso, a bola é minha,
como um troféu.
Agência Folha - Depois da
atuação de hoje (ontem), você
voltou de vez para o time?
Viola - Não quero pensar dessa forma. Acho que o Leão tem
essa consciência. Todos os jogadores daqui que jogavam como titular e se machucaram retornaram à equipe. Eu fui o
único que não, mas nada contra. A gente nunca sabe o que
passa na cabeça do treinador.
Eu não peço para ser escalado.
Quando me tiram, eu também
não quero tirar satisfação.
Agência Folha - Você reclamou por ficar no banco?
Viola - Fiquei no banco como
qualquer outro jogador ficaria,
sem reclamar, e, graças a Deus,
tive a oportunidade de entrar.
Tenho acreditado no centroavante que estava, o Rodrigão,
um jogador jovem, mas de
grande personalidade, de grande valor, uma promessa.
Agência Folha - A contusão
atrapalhou durante o jogo?
Viola - Muitos acreditavam
que eu estava sentindo um
pouco, mas eu, todas as vezes
em que volto para jogar depois
de uma contusão, tenho muita
força de vontade e sempre penso positivo. Aí está o resultado.
Agência Folha - A vitória de
hoje já coloca o Santos como
candidato ao título?
Viola - Muitos não acreditam.
Mas agora têm de acreditar.
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