São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2000


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FPF esconde número de ingressos

RAPHAEL GOMIDE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação Paulista de Futebol (FPF) se nega a revelar o número de ingressos postos à venda e quantos foram comprados ontem, no primeiro dia de vendas de entradas para as semifinais do Campeonato Paulista.
Segundo a assessora de imprensa da entidade, identificada apenas como Mônica, é procedimento normal da FPF não fornecer esses dados a órgãos de imprensa.
Quando questionada sobre o porquê de não divulgar os números, a assessora respondeu irritada. "Porque não. A federação já não divulga isso há dois anos".
Desde 1998, a FPF não anuncia publicamente a renda e o público dos jogos em competições organizadas por ela no Estado.
Em abril deste ano, quando a seleção brasileira enfrentou o Equador em São Paulo, a federação também não divulgou a carga de ingressos para a partida.
A entidade é a responsável pelo mando de jogos e pela venda de ingressos para as fases semifinal e final do Campeonato Paulista.
Apesar de o regulamento da competição expressar que "a arrecadação é de responsabilidade dos clubes em todos os seus itens", ontem representantes da federação eram os responsáveis pela venda e o controle dos ingressos nos estádios do Morumbi e do Parque São Jorge, segundo funcionários dos clubes.
De acordo com um fax emitido anteontem pela assessoria de imprensa do São Paulo, que diz respeito aos ingressos para o confronto contra o Corinthians, no próximo domingo, "a responsabilidade da venda de ingressos para esta partida é da Federação Paulista de Futebol".
A Folha tentou contactar a assessoria da FPF diversas vezes no fim da tarde de ontem para comentar o assunto mas, apesar de ter deixado recado, não obteve nenhuma resposta.
Um funcionário do Morumbi, que não quis se identificar, disse que foram vendidos "cerca de quatro mil ingressos" ontem no estádio, para o jogo de domingo, entre São Paulo e Corinthians.
No Parque São Jorge, funcionários do setor de ingressos afirmaram que a federação era responsável pelo controle dos bilhetes vendidos no local.


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