São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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PAINEL FC

Cada um na sua
Luiz Felipe Scolari não quer, e o técnico Giovanni Trapattoni também não: já pediu aos jogadores da Itália que controlem seus impulsos sexuais durante a Copa do Mundo. Já os ingleses tiveram melhor sorte: o técnico Goran Eriksson, da liberal Suécia, deu carta branca a seus atletas em relação ao tema.

Argumento
A posição mais radical até aqui veio do técnico Adegboye Onigbinde, da Nigéria. Citando a Bíblia, disse que as mulheres são "elementos de distração" e proibiu as visitas femininas à concentração da equipe durante todo o Mundial.

Tropical
O treinador da seleção do Equador, o colombiano Hernán Darío Gómez, afirmou que é positiva a prática do sexo para os jogadores de futebol durante uma competição, mas fez uma ressalva: desde que o casal esteja apaixonado. Segundo o treinador, "o sexo é gratificante quando se tem uma boa relação, com tranquilidade, com amor."

Unanimidade
Nenhum dos 32 técnicos das seleções que estão na Copa do Mundo deixou de apontar a rival França como a favorita ao título no Mundial deste ano. A pesquisa foi feita pela revista "France Football".

Filho ilustre
Ibiporanga esteve presente no último treino da seleção na Malásia anteontem. Moradores da cidade paranaense onde cresceu Kleberson fizeram entregar ao volante uma bandeira do Brasil assinada por eles. Antes de começar o treino, o time inteiro, incluindo comissão técnica, posou com a bandeira para um fotógrafo que acompanha a delegação. O volante ficou emocionado.

Troca
Juan deve ser o substituto de Lúcio na zaga do Bayen Leverkusen a partir de agosto. Anteontem, monitorado por representantes do Bayer Leverkusen, o zagueiro do Flamengo fez vários testes físicos na sede do grupo da Gávea.

Caça-níquel
A nova diretoria do São Paulo já apresentou no Banco Central a carta de fiança bancária enviada pelo Bayer Leverkusen, da Alemanha, para sanar a segunda parcela da compra do atacante França. São US$ 4,25 milhões.

A pagar
No Corinthians, o domingo vai ser de reuniões. Os dirigentes ficaram de entregar amanhã aos atletas o cronograma de quitação das dívidas. Rogério, Scheidt e Ricardinho serão os destinatários da proposta. Eles têm o aval dos demais atletas para negociar, se necessário.

A receber
As reuniões também vão servir para avaliar o caso Edmundo Santos Silva. Nem o dinheiro da dívida da compra de Edílson em 2000 foi depositado nem o mandato de prisão contra o presidente do Flamengo foi cumprido. Mas os corintianos sabem que os cofres da Gávea estão prestes a receber uma bolada.

Mr. São Paulo
Ídolo no Morumbi, Raí vai ministrar palestras aos técnicos das categorias amadoras do São Paulo, prestar consultoria a Oswaldo de Oliveira e emprestar a sua imagem como "embaixador" do time no exterior, principalmente para angariar fundos. Por R$ 60 mil mensais.

Solenidade
No mesmo dia e no mesmo local da estréia da seleção na Copa, representantes da Prefeitura de Santos vão firmar um acordo de intercâmbio com a cidade de Ulsan. A cerimônia, que contará com a presença de Pelé, será logo após o jogo Brasil x Turquia.

Substituição
Depois de sofrer uma série de críticas dos jogadores, a bola prateada da Penalty, especialmente criada para o Superpaulista, não será usada nas finais do torneio. A tradicional bola branca volta à ativa hoje.

Intervalo
O Painel FC deixa de ser publicado temporariamente a partir de amanhã e retorna após o término da Copa do Mundo.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Antonio Roque Citadini, vice de futebol do Corinthians, sobre a possibilidade de o clube promover uma reformulação:
- Quem gosta de mandar gente embora é o Luxemburgo. Aqui vamos contratar.

CONTRA-ATAQUE

Orgulho ferido

Não há atleta brasileiro pouco patriota. Apesar de o país não ser sinônimo de sucesso nos esportes, talvez até por isso, os "heróis" costumam ostentar a bandeira verde-amarela. Exemplo clássico é a F-1.
Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna ganharam juntos oito títulos mundiais. Nenhum deles, entretanto, dirigiu uma Ferrari, como o faz o "herdeiro" Rubens Barrichello.
Mas o carro vermelho ainda não deu nenhum título a Barrichello, que há duas semanas foi proibido de vencer na Áustria. Seria a segunda vitória da carreira do piloto, que costuma festejar os seus pódios com a bandeira do Brasil em punho e com sua tradicional "sambadinha".
Mas o segundo lugar em Zeltweg não foi comemorado. Muito pelo contrário. Ludibriado com a ordem dos boxes, acatada na reta de chegada, Barrichello não cumpriu todo seu ritual.
- A bandeira estava prontinha. Eu só não a levei para o pódio porque o Brasil não merecia aquele segundo lugar, como eu não merecia, disse o piloto, que hoje corre no GP de Mônaco.



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