São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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ORIENTE-SE/COPA 2002

Saideira

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi bem legal.
A Copa começa nesta semana, o que significa que esta coluna, com este formato, acaba aqui.
O espaço que ofereceu informações, curiosidades, idéias, recordes e antecipou prováveis acontecimentos e notícias que marcarão a primeira Copa do século 21 dará lugar a um caderno especial, que certamente será bem bacana.
Por isso o tom desta coluna é de despedida. Praticamente todo mundo que vai estar no Copa deste ano já está na Ásia. Não há mais o que preparar, nem em times nem em colunas sobre o torneio. Agora a teoria dá lugar à prática, à competição mesmo (palpite, aposta e tendência ficam menores quando a bola rola).
A Copa mais cheia de novidades da história vai começar, mas muita coisa não será modificada, muitas marcas sobreviverão ao Mundial asiático. Pelé, por exemplo, continuará sendo o único jogador tricampeão mundial. Seguirá como o mais jovem campeão mundial. E, ao lado do alemão Seeler, manterá o recorde de ter marcado em quatro Copas diferentes (1958, 1962, 1966 e 1970).
O camaronês Roger Milla será pelo menos até 2006 oficialmente o jogador mais velho a atuar e a marcar em Copas (especula-se que alguns atletas nigerianos poderão atuar agora com 42 anos ou até mais, na condição de ""gatos", mas nada comprovado).
A maior goleada dos Mundiais ainda será o 10 a 1 da Hungria em El Salvador, em 1982, e o jogo com mais gols das Copas persistirá: Áustria 7 x 5 Suíça, em 1954.
O alemão Matthaus e o mexicano Carbajal serão os únicos, como já são agora, a ter atuado em cinco Copas do Mundo. O México manterá seu recorde de derrotas consecutivas (nove, entre 1930 e 1958). O italiano Zoff seguirá sendo o campeão mais idoso (40 anos). O inglês Platt, até pela morte súbita, dificilmente deixará de ser o autor do gol mais tardio de jogo de Copa (aos 119min, contra a Bélgica, em 1990).
A média histórica de público alcançada nos EUA (quase 69 mil pagantes por jogo) não será batida. O recorde de pessoas em uma partida não será superado (200 mil na final de 1950) nem será quebrado às avessas (só 300 viram Romênia x Peru em 1930).
Em 2006, o Brasil jogará a Copa (acredito) ainda como o país com mais títulos e com maior número de participações no evento.
Após o Mundial deste ano (acredito) a coluna voltará. Em seu tamanho original, é verdade (meia página é apenas de quatro em quatro anos), mas voltará.
Na primeira coluna desta série especial, publicada no dia 10 de março, fiz meio que uma ligação da Copa da França, em 1998, com o Mundial-2002 (Adieu). Nada mais justo que terminar esta série de colunas com uma ligação com a Copa da Alemanha, em 2006. Auf Wiedersehen!

rbueno@folhasp.com.br

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