São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Só ele

Ao repetir fórmula de fases anteriores, Santos bate Cerro Porteño por placar mínimo com boa atuação de Neymar e se aproxima da final da Libertadores

Santos 1
Edu Dracena, aos 43min do 1º tempo

Cerro Porteño 0

LEONARDO LOURENÇO
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O garoto Neymar, 19, se especializou em transformar os gramados em que o Santos joga no palco de seus próprios espetáculos.
Foi assim ontem mais uma vez, na vitória por 1 a 0 sobre o Cerro Porteño que coloca o clube próximo à final da Libertadores, título que pode consagrar de vez o camisa 11 e sua geração.
Um empate semana que vem no Paraguai põe o Santos na decisão do torneio pela primeira vez desde 2003. O clube busca o tri do troféu, ganho em 1962 e 1963.
O time repete o que fez contra o América-MEX e o Once Caldas, nos mata-matas anteriores, ao vencer a partida de ida pelo placar mínimo. "Não deixa de ser uma vantagem", disse o meia Elano. "Está em aberto", completou o lateral Léo.
Hoje, em Montevidéu, Peñarol e Vélez Sarsfield iniciam o outro confronto das semifinais da competição.
Não é exagero dizer que, se o Santos for à final, terá sido em grande parte pelas atuações de Neymar, que não fez o gol ontem, mas teve participação tão decisiva no lance quanto Edu Dracena, que pôs a bola na rede.
Foi ele quem driblou dois marcadores dentro da área rival, foi à linha de fundo e cruzou para o cabeceio do capitão anotar o tento do triunfo.
Foi Neymar também quem, ao matar uma bola de um chutão, no semicírculo do escanteio, arrancou um "ohh" dos torcedores, como se estivessem em um teatro.
Os dribles eram esperados cada vez que o atacante recebia uma bola. E ele atendia aos pedidos, com perfeição, na maioria das vezes.
Não fosse Neymar, o Santos teria se complicado ontem no Pacaembu. A defesa, apesar de ilesa, não mostrou a segurança vista nesta era de Muricy Ramalho.
A apatia dos coadjuvantes santistas, principalmente do atacante Zé Love, tirou a paciência dos torcedores. O Cerro teve espaço para tocar a bola próximo à área e criou chances para fazer um gol, principalmente no primeiro tempo. Até fez pressão no final, mas sem resultado.
Ao contrário de Neymar, decisivo mais uma vez.


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