São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2006

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[!] foco

Suzana Werner dirige motorhome para seguir o marido e economizar

PAULO SAMPAIO
ENVIADO ESPECIAL A COLÔNIA

Suzana Werner adora dirigir e curte experiências divertidas, mas o principal motivo pelo qual trocou temporariamente o Porsche Cayenne de mais de R$ 500 mil que dirige em Milão por um motorhome -trailer acoplado a um caminhão- no qual viaja pela Alemanha com os pais, os filhos pequenos e a prima é:
"Gosto de economizar. Prefiro curtir a viagem e comprar o que quiser a gastar o dinheiro com passagem e hospedagem", diz a mulher de Júlio César, goleiro da seleção.
Na verdade, ela pegou carona na idéia do cunhado Júnior. "Pensei no número de horas que ficaria voando com as crianças (Cauet, 3, e Giulia, dez meses), sem conforto."
Mas de carro você não gasta muito mais tempo?
"Não é um carro comum. As crianças podem dormir quando quiserem e não ficam impacientes, porque tudo é novidade", diz Suzana, que alugou o veículo por cerca de R$ 4.200. "Para cada cidade que fôssemos, gastaria 4.000 (mais de R$ 11 mil) de passagem, 4.000 de hotel."
No motorhome cabem quatro adultos e duas crianças. Tem um beliche, uma mesa reversível que vira cama de casal e outra de solteiro acima da cabine.
Dá trabalho? "Só tem de passar o aspirador de pó e renovar a água utilizada."
Alojada -ela, o motor-home e a família- no castelo de Caras, Suzana diz que ainda não precisou dormir em seu hotel sobre rodas. "A gente fica hospedado em lugares perto de onde serão os jogos."
Mas então vocês pagam o hotel? "Mais barato. Aqui, por exemplo, no castelo, temos esquema mesmo sem a Caras, porque é um hotel. Por enquanto, sou convidada. Se ficar só com a família, pago 130 (cerca de R$ 350) por um quartão gigante."
Quem ouve os motivos que a levaram a dirigir um caminhão-casa com barulhento motor a diesel, por cerca de 1.400 km, ainda quer entender. "Por que eu vou gastar essa grana toda, fazer isso com meu marido?"
Porque ele é rico.
Ela ri, e revela outro plano.
"Na segunda etapa, vou relaxar. Viajar de avião, ficar em hotel legal. Agora já dá..."
No fim do périplo, convém abrir o guarda-roupa de Suzana e ver se ela teve pena do marido também nas lojas.


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