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Suzana Werner dirige motorhome para seguir o marido e economizar
PAULO SAMPAIO
ENVIADO ESPECIAL A COLÔNIA
Suzana Werner adora dirigir e curte experiências divertidas, mas o principal motivo
pelo qual trocou temporariamente o Porsche Cayenne de
mais de R$ 500 mil que dirige
em Milão por um motorhome
-trailer acoplado a um caminhão- no qual viaja pela Alemanha com os pais, os filhos
pequenos e a prima é:
"Gosto de economizar. Prefiro curtir a viagem e comprar
o que quiser a gastar o dinheiro com passagem e hospedagem", diz a mulher de Júlio
César, goleiro da seleção.
Na verdade, ela pegou carona na idéia do cunhado Júnior. "Pensei no número de
horas que ficaria voando com
as crianças (Cauet, 3, e Giulia,
dez meses), sem conforto."
Mas de carro você não gasta
muito mais tempo?
"Não é um carro comum.
As crianças podem dormir
quando quiserem e não ficam
impacientes, porque tudo é
novidade", diz Suzana, que
alugou o veículo por cerca de
R$ 4.200. "Para cada cidade
que fôssemos, gastaria
4.000 (mais de R$ 11 mil) de
passagem, 4.000 de hotel."
No motorhome cabem
quatro adultos e duas crianças. Tem um beliche, uma
mesa reversível que vira cama de casal e outra de solteiro acima da cabine.
Dá trabalho? "Só tem de
passar o aspirador de pó e renovar a água utilizada."
Alojada -ela, o motor-home e a família- no castelo de
Caras, Suzana diz que ainda
não precisou dormir em seu
hotel sobre rodas. "A gente fica hospedado em lugares perto de onde serão os jogos."
Mas então vocês pagam o
hotel? "Mais barato. Aqui,
por exemplo, no castelo, temos esquema mesmo sem a
Caras, porque é um hotel. Por
enquanto, sou convidada. Se
ficar só com a família, pago
130 (cerca de R$ 350) por um
quartão gigante."
Quem ouve os motivos que
a levaram a dirigir um caminhão-casa com barulhento
motor a diesel, por cerca de
1.400 km, ainda quer entender. "Por que eu vou gastar
essa grana toda, fazer isso
com meu marido?"
Porque ele é rico.
Ela ri, e revela outro plano.
"Na segunda etapa, vou relaxar. Viajar de avião, ficar
em hotel legal. Agora já dá..."
No fim do périplo, convém
abrir o guarda-roupa de Suzana e ver se ela teve pena do
marido também nas lojas.
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