São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2006

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Idioma ajuda a consolidar "acidente'

DOS ENVIADOS A BERGISCH GLADBACH

A língua inglesa foi fundamental para Carlos Alberto Parreira iniciar a carreira internacional de técnico. Foi em 1967, justamente em Gana, adversária de amanhã, que o treinador iniciou sua trajetória. "Cheguei lá pelo Itamaraty. Eles precisavam de um técnico que falasse inglês. E eu era um dos poucos", diz Parreira, que se formou como preparador físico antes de ser técnico.
No país africano, ainda jovem, Parreira, hoje com 63 anos, diz que surpreendeu.
"Em Gana, eu era o professor [leia "proféssor'] Carlos. Causava estranheza muito grande. Porque "proféssor" é um catedrático. E catedráticos são pessoas de 30, 40, 50 anos e eu cheguei lá com 24. Deu rebuliço no começo."
Desde sua experiência em Gana, o técnico jamais deixou de usar o inglês, idioma que, segundo ele, o ajudou a virar treinador "por acidente". "Penso que o mais importante seja ser uma pessoa devidamente qualificada para a profissão, atualizada sobre o que acontece em campo e capaz de gerenciar pessoas", afirmou ao site da Fifa.
Em seus quase 40 anos de carreira, Parreira rodou o mundo. Com a seleção do Kuait disputou seu primeiro Mundial, em 1982. Na mesma década, trabalhou nos Emirados Árabes e na Arábia Saudita. Voltaria a fazer isso na década seguinte e, em 1998, foi à Copa do Mundo da França com os sauditas.
Nos anos 90, ainda treinou o NY/NJ MetroStars, dos EUA, passou pelo Fenerbahce (TUR) e pelo Valencia (ESP). "Nunca pensei em me tornar técnico de futebol, mas chegou uma época da minha vida que, devido ao meu background e experiência, posso dizer que me senti quase obrigado a aceitar o desafio." (EAR, PC, RP E SR)


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