São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2008

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Flu leva 4 no 1º tempo, mas chega vivo ao Rio

Time carioca terá de vencer LDU por 3 gols para chegar à 1º taça continental

LDU 4
Fluminense 2

Martin Mejia/Associated Press
O meia Cícero, do Fluminense, lamenta chance desperdiçada contra a LDU na partida em Quito

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Em apenas 45 minutos, o Fluminense quase foi a nocaute em Quito. A combinação da velocidade do time equatoriano, formado por metade da seleção do país, com a altitude da cidade mais a desatenção da defesa carioca foram fatais.
Alguns jogadores-chave dos cariocas, como o atacante Washington e o lateral-direito Gabriel, estavam irreconhecíveis, o que contribuiu para o domínio da LDU (Liga Deportiva Universitaria), que pode ser o primeiro time do Equador a se sagrar campeão continental.
Menos mal que Thiago Neves conseguiu diminuir para 4 a 2 aos 7min do segundo tempo, recolocando a equipe no páreo.
Se vencer por dois gols de diferença no Maracanã, o time carioca forçará uma prorrogação. Se ninguém marcar, pênaltis. Caso ganhe por três gols no tempo regulamentar, erguerá sua primeira taça continental, dez anos depois de sua queda para a terceira divisão.
Ontem, logo aos 2min, Guerrón cruzou forte e encontrou Bieler, que se antecipou a Thiago Silva e completou ante um estático Fernando Henrique.
O time tricolor, no entanto, não parecia tão abalado. Minutos depois, Washington recebeu na área e, cara a cara com Cevallos, perdeu. Aos 12min, porém, o empate chegou. O meia Conca cobrou falta da direita com perfeição e encaçapou no ângulo de Cevallos.
Parecia que o reequilíbrio traria mais calma ao Fluminense, mas isso não aconteceu.
O desempate da LDU veio numa sucessão de rebotes obtidos pelos equatorianos enquanto os defensores cariocas assistiam ao esforço de Fernando Henrique. O goleiro defendeu com o pé, mas a bola sobrou para Guerrón, que disparou forte, de primeira: 2 a 1.
Aí veio o apagão, e o Fluminense começou a se descontrolar. Alguns jogadores, como Luiz Alberto e Ygor, apelaram para faltas mais duras e receberam o amarelo. O velocista Guerrón avançava pela direita determinado a perturbar e segurar a subida de Júnior César.
O terceiro e o quarto saíram em cobranças de escanteio. Aos 33min, Campos cabeceou no primeiro pau e achou o ângulo oposto. Aos 46min, foi a vez de Urrutía dar um peixinho: 4 a 1.
"Está faltando vergonha na cara", afirmou o técnico Renato Gaúcho, com cara de quem disse cobras e lagartos à equipe no intervalo. E o Fluminense voltou com mais foco ao jogo. Precisava se recompor antes que o jogo do Maracanã, na próxima quarta-feira, pudesse se tranformar em um amistoso de luxo. E Thiago Neves fez a sua parte, anotando o segundo gol dos cariocas em Quito.
Renato Gaúcho levou 23min no segundo tempo para fazer alterações. Tirou Arouca e pôs Maurício. Dois minutos depois, sacou Washington, em dia apagado, e lançou Dodô. A LDU continuava pressionando, aproveitando que o Fluminense tinha que sair para o jogo. Os brasileiros demonstravam preparo físico, mas não levavam perigo à meta de Cevallos.
Edgard Bauza percebeu que tinha possibilidades de matar a final em Quito e então colocou em campo o atacante Delgado, para forçar o jogo aéreo. Mas não conseguiu o quinto gol, que lhe daria mais tranqüilidade na partida no Rio de Janeiro.
No lance mais cristalino, aos 43min, Urrutía completou, Fernando Henrique defendeu, e a bola bateu caprichosamente no travessão e no braço do goleiro, que conseguiu agarrar e manter o Flu no páreo.


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