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Mundial reserva arenas grandes ao Brasil
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
Se os jogadores brasileiros
reclamam das barulhentas vuvuzelas, as cornetas que simbolizam os torcedores sul-africanos, no ano que vem, durante a
Copa do Mundo, o zumbido deve ser pior. O Brasil só irá atuar
nos maiores estádios do país.
A afirmação foi feita por
Danny Jordaan, presidente do
COL (Comitê Organizador Local). Segundo ele, não haverá
sedes fixas no Mundial.
Isso significa que as seleções
jogarão a primeira fase em cidades diferentes. "As grandes
seleções, como o Brasil, jogarão
em sedes com estádios grandes.
Esse é o nosso plano", declarou
Jordaan ontem à Folha no
Ellis Park, em Johannesburgo.
Pela lógica de Jordaan, o
Brasil, que ainda não está matematicamente classificado para a Copa, pode ser o cabeça de
chave do Grupo E e fará seus
jogos nas três maiores arenas.
As sedes serão Durban e Cidade do Cabo, ambas com estádios para 70 mil pessoas, além
do Soccer City, em Johannesburgo, o maior do país, com ao
menos 92 mil lugares.
Segundo Jordaan, a possibilidade que foi ventilada de a
África ter sedes fixas por conta
dos problemas de deslocamento é "absurda". O presidente da
Fifa, Joseph Blatter, questionado sobre o assunto, disse que
essa era uma "ideia", mas não
se estendeu na questão.
Ele afirmou que o sistema de
transportes precisa de "ajustes", mas que o governo sul-
-africano terá gasto um total de
US$ 75 bilhões (cerca de R$ 147
bilhões) em obras de infraestrutura até o início do torneio,
em 11 de junho de 2010.
"Não acredito que teremos
problemas de deslocamento
porque as sedes, em boa parte,
estão próximas umas às outras", disse o presidente do
COL. Das nove sedes da Copa,
cinco estão num raio de 420
km de Johannesburgo, também sede e principal centro do
Mundial. As outras três (Cidade do Cabo, Porto Elizabeth e
Durban), cidades litorâneas,
também ficam próximas umas
das outras. No país, as estradas
estão em boas condições e é fácil percorrê-las de carro.
O sorteio dos grupos do
Mundial será no dia 4 de dezembro, na Cidade do Cabo.
Os organizadores já comemoram os primeiros cinco
classificados, principalmente
Japão e Austrália, que devem
atrair muitos turistas. A expectativa é a de que cerca de 450
mil estrangeiros visitem a África do Sul durante o Mundial do
ano que vem.
(EAR E PC)
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