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Justiça abranda as punições na Itália
Fiorentina e Lazio seguirão na Série A, Milan mantém status europeu, e Juventus começa Série B com prejuízo menor
Insatisfeitos, alguns dirigentes ameaçam recorrer à Justiça comum para reduzir penas por escândalo de manipulação
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça Desportiva da Itália
resolveu abrandar as punições
impostas aos quatro clubes envolvidos no escândalo de manipulação de resultados no futebol do país tetracampeão.
Em julgamento em segunda
instância, após pedido de recurso, ficou determinado que
apenas a Juventus será rebaixada para a Série B do Campeonato Italiano. A equipe de Turim, porém, começará a disputa
com 17 pontos negativos, em
vez dos 30 originalmente impostos em primeira instância.
Já Fiorentina e Lazio comemoraram ainda mais. A primeira sentença determinara a queda de ambos para a Série B
(também com perda de pontos). Os clubes foram guindados de volta à elite e iniciarão a
temporada com -19 e -11 pontos, respectivamente.
A Justiça também foi complacente com o Milan, que deveria começar o Italiano da Série A com 15 pontos negativos.
Com a nova sentença, o prejuízo caiu para oito pontos negativos e, além disso, permitiu
que o clube do ex-premiê Silvio
Berlusconi voltasse a participar
da Copa dos Campeões, principal interclubes europeu.
O Milan havia sido punido
com a perda de 44 pontos no
campeonato passado, o que lhe
tirava o direito de disputar a
competição. O clube já se preparava para jogar a Copa da Uefa, cuja vaga fora herdada do
modesto Empoli.
Como agora o tribunal diminuiu essa pena -ficou determinado que o Milan perde 30
pontos no Italiano passado, o
que lhe colocaria na terceira
posição-, o time tem direito a
disputar a fase preliminar da
Copa dos Campeões.
A única punição aos clubes
mantida pelo julgamento de
ontem foi a impugnação dos
dois últimos títulos do Nacional ganhos pela Juventus.
Com isso, a taça da temporada 2005/2006 pode ir parar na
Inter de Milão. A decisão sobre
esse assunto seria tomada por
uma "comissão de notáveis"
que agora deverá ser nomeada
pelo interventor da federação
italiana, Guido Rossi.
Apesar do abrandamento das
penas, alguns dirigentes dos
clubes envolvidos se mostraram insatisfeitos e ameaçam
recorrer à Justiça comum
-prática condenada pela Fifa.
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