São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2007

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Oposição faz "salada" para tirar Dualib

EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC

Um dia após decidir encerrar a parceria com a MSI e marcar votação para o afastamento de Alberto Dualib em 7 de agosto, conselheiros do Corinthians quebram a cabeça para encontrar a forma legal de concretizar a saída do presidente sem que ele a conteste judicialmente.
A estratégia mistura a Lei Pelé, o Código Civil e o estatuto do clube. O motivo, segundo os conselheiros, é a lacuna de artigo específico sobre afastamento no estatuto do clube. Não há consenso sobre como seria a sucessão.
Os líderes oposicionistas se apegam à Lei Pelé para tentar tirar Dualib. Se baseiam no artigo 23, que prevê afastamento de toda a diretoria em caso de inadimplência nas contas ou gestão temerária -a atual administração teve as contas reprovadas em 2006.
Na interpretação de alguns, porém, nem toda a diretoria deve sair. Isso porque, se a lei for seguida à risca, Carlos Senger, presidente do Conselho e aliado de Dualib, assumiria.
Diante disso, os conselheiros querem invocar o artigo 95 do estatuto, que fala sobre cargos vagos. Como a reunião do dia 7 deve afastar Dualib e Nesi Curi, assumiria um dos outros dois vices eleitos, Wilson Bento e Clodomil Antonio Orsi. O estatuto não deixa claro qual deles.
Segundo Senger, no entanto, o presidente só pode ser afastado pelos associados. A base de sua alegação é o Código Civil. E ele tem razão, conforme o artigo 59. Por isso, os conselheiros, caso aprovem a saída de Dualib, pretendem convocar os sócios para ratificar a decisão.
"O que manda com essa lacuna é a Lei Pelé e o Código Civil", sustenta o oposicionista Mário Gobbi.
"Não pode haver briga pela presidência. Se não prevalecer o "corintianismo", o clube vai acabar", diz Rubens Approbato.


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