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Oposição faz "salada" para tirar Dualib
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
Um dia após decidir encerrar a parceria com a
MSI e marcar votação para
o afastamento de Alberto
Dualib em 7 de agosto,
conselheiros do Corinthians quebram a cabeça
para encontrar a forma legal de concretizar a saída
do presidente sem que ele
a conteste judicialmente.
A estratégia mistura a
Lei Pelé, o Código Civil e o
estatuto do clube. O motivo, segundo os conselheiros, é a lacuna de artigo específico sobre afastamento no estatuto do clube.
Não há consenso sobre como seria a sucessão.
Os líderes oposicionistas se apegam à Lei Pelé
para tentar tirar Dualib. Se
baseiam no artigo 23, que
prevê afastamento de toda
a diretoria em caso de inadimplência nas contas ou
gestão temerária -a atual
administração teve as contas reprovadas em 2006.
Na interpretação de alguns, porém, nem toda a
diretoria deve sair. Isso
porque, se a lei for seguida
à risca, Carlos Senger, presidente do Conselho e aliado de Dualib, assumiria.
Diante disso, os conselheiros querem invocar o
artigo 95 do estatuto, que
fala sobre cargos vagos.
Como a reunião do dia 7
deve afastar Dualib e Nesi
Curi, assumiria um dos
outros dois vices eleitos,
Wilson Bento e Clodomil
Antonio Orsi. O estatuto
não deixa claro qual deles.
Segundo Senger, no entanto, o presidente só pode ser afastado pelos associados. A base de sua alegação é o Código Civil. E
ele tem razão, conforme o
artigo 59. Por isso, os conselheiros, caso aprovem a
saída de Dualib, pretendem convocar os sócios
para ratificar a decisão.
"O que manda com essa
lacuna é a Lei Pelé e o Código Civil", sustenta o oposicionista Mário Gobbi.
"Não pode haver briga
pela presidência. Se não
prevalecer o "corintianismo", o clube vai acabar",
diz Rubens Approbato.
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