São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2007

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Com virada, Palmeiras sela a paz no Parque

Time sofre 2 a 0 e busca reação mesmo após ter jogador expulso na etapa final

Palmeiras 3
Vasco 2

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi de virada que o Palmeiras selou, enfim, a paz com sua torcida no Parque Antarctica.
Após ouvir vaias quando o placar mostrava 2 a 0 para o Vasco, os paulistas, mesmo com um jogador a menos -Makelele foi expulso-, tiveram forças para buscar o 3 a 2 e espantar o fantasma de não conseguir mais vencer em casa.
"Tem que ser unido, estar junto. Lógico que a torcida quer que a gente vença, mas tem que acreditar, confiar que a gente, mesmo com um a menos, é sempre forte quando joga em casa", disse Edmundo, ao final do duelo contra os cariocas.
Em campo, parecia comemoração de título. Luiz Henrique, um dos mais empolgados por ter feito o gol da vitória, saiu batendo no peito, com raiva.
Com os 22 pontos alcançados, a equipe pulou da nona para a sexta colocação no Brasileiro. No próximo domingo, encara o Juventude, fora de casa.
Antes de o jogo começar, o técnico Caio Júnior bem que tentou fazer as pazes com os torcedores que receberam "bananas" dele ao final do clássico contra o Santos, na semana passada, quando desabafou ao comemorar o empate arrancado nos acréscimos. Ontem, deu tchauzinhos.
Pena que nos primeiros 25min de partida os jogadores não tenham colaborado com seu comandante. Quando Leandro Amaral marcou o segundo gol vascaíno, aos 22min, os gritos de "burro" pipocaram das arquibancadas.
O sufoco dos visitantes começou cedo. E teve colaboração decisiva do ala-esquerdo Rubens Júnior, que deitou e rolou para cima de Wendel. Do lado esquerdo do ataque carioca, surgiram as melhores chances.
De tanto insistir, o Vasco chegou ao primeiro gol aos 18min, quando Diego espalmou o arremate de Wágner Diniz. Rubens Júnior pegou o rebote e empurrou para dentro.
Depois, quando Leandro Amaral ampliou, as vaias foram inevitáveis. E pioraram ainda mais na seqüência, quando Caio Júnior chamou Makelele do banco e tirou David, mudando o esquema do 3-5-2 para o 4-4-2. "Burro" e "põe atacante" foram alguns dos berros proferidos em alto e bom som.
Mal sabia a torcida que veio justamente do volante o fogo necessário para tirar o Palmeiras da inércia. Com ele em campo, Valdivia ganhou mais liberdade para armar o jogo. De quebra, Makelele fortaleceu o lado direito, de Wendel, e freou as investidas do Vasco por ali.
Depois de o goleiro Silvio Luiz desviar uma cabeceada de Martinez -a bola ainda pegou na trave- e de o zagueiro Amaral salvar um chute de Makelele em cima da linha, os donos da casa finalmente marcaram.
Aos 35min, Edmundo enfiou a bola para Max, que cruzou para trás e encontrou Valdivia. O chileno bateu para marcar seu terceiro gol no Brasileiro.
"Tem que ser assim, com vibração dentro de campo", disse Makelele no intervalo.
O problema é que Makelele transformou a raça pedida por ele no intervalo em violência. Aos 21min, o jogador entrou com a sola da chuteira na coxa de Wágner Diniz e foi expulso.
Mesmo assim, o Palmeiras continuou em cima e conseguiu o empate aos 36min. Wendel fez bela jogada pela direita e cruzou na medida para o zagueiro Nen cabecear. 2 a 2.
Embalado e diante de um rival mais cansado, Luiz Henrique entrou na área, aos 41min, e venceu o goleiro Silvio Luiz, com um tiro cruzado.


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