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Com virada, Palmeiras sela a paz no Parque
Time sofre 2 a 0 e busca reação mesmo
após ter jogador expulso na etapa final
Palmeiras 3
Vasco 2
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi de virada que o Palmeiras
selou, enfim, a paz com sua torcida no Parque Antarctica.
Após ouvir vaias quando o
placar mostrava 2 a 0 para o
Vasco, os paulistas, mesmo
com um jogador a menos -Makelele foi expulso-, tiveram
forças para buscar o 3 a 2 e espantar o fantasma de não conseguir mais vencer em casa.
"Tem que ser unido, estar
junto. Lógico que a torcida quer
que a gente vença, mas tem que
acreditar, confiar que a gente,
mesmo com um a menos, é
sempre forte quando joga em
casa", disse Edmundo, ao final
do duelo contra os cariocas.
Em campo, parecia comemoração de título. Luiz Henrique,
um dos mais empolgados por
ter feito o gol da vitória, saiu batendo no peito, com raiva.
Com os 22 pontos alcançados, a equipe pulou da nona para a sexta colocação no Brasileiro. No próximo domingo, encara o Juventude, fora de casa.
Antes de o jogo começar, o
técnico Caio Júnior bem que
tentou fazer as pazes com os
torcedores que receberam "bananas" dele ao final do clássico
contra o Santos, na semana
passada, quando desabafou ao
comemorar o empate arrancado nos acréscimos. Ontem, deu
tchauzinhos.
Pena que nos primeiros
25min de partida os jogadores
não tenham colaborado com
seu comandante. Quando
Leandro Amaral marcou o segundo gol vascaíno, aos 22min,
os gritos de "burro" pipocaram
das arquibancadas.
O sufoco dos visitantes começou cedo. E teve colaboração decisiva do ala-esquerdo
Rubens Júnior, que deitou e rolou para cima de Wendel. Do lado esquerdo do ataque carioca,
surgiram as melhores chances.
De tanto insistir, o Vasco
chegou ao primeiro gol aos
18min, quando Diego espalmou
o arremate de Wágner Diniz.
Rubens Júnior pegou o rebote e
empurrou para dentro.
Depois, quando Leandro
Amaral ampliou, as vaias foram
inevitáveis. E pioraram ainda
mais na seqüência, quando
Caio Júnior chamou Makelele
do banco e tirou David, mudando o esquema do 3-5-2 para o 4-4-2. "Burro" e "põe atacante"
foram alguns dos berros proferidos em alto e bom som.
Mal sabia a torcida que veio
justamente do volante o fogo
necessário para tirar o Palmeiras da inércia. Com ele em campo, Valdivia ganhou mais liberdade para armar o jogo. De quebra, Makelele fortaleceu o lado
direito, de Wendel, e freou as
investidas do Vasco por ali.
Depois de o goleiro Silvio
Luiz desviar uma cabeceada de
Martinez -a bola ainda pegou
na trave- e de o zagueiro Amaral salvar um chute de Makelele
em cima da linha, os donos da
casa finalmente marcaram.
Aos 35min, Edmundo enfiou
a bola para Max, que cruzou para trás e encontrou Valdivia. O
chileno bateu para marcar seu
terceiro gol no Brasileiro.
"Tem que ser assim, com vibração dentro de campo", disse
Makelele no intervalo.
O problema é que Makelele
transformou a raça pedida por
ele no intervalo em violência.
Aos 21min, o jogador entrou
com a sola da chuteira na coxa
de Wágner Diniz e foi expulso.
Mesmo assim, o Palmeiras
continuou em cima e conseguiu o empate aos 36min. Wendel fez bela jogada pela direita e
cruzou na medida para o zagueiro Nen cabecear. 2 a 2.
Embalado e diante de um rival mais cansado, Luiz Henrique entrou na área, aos 41min,
e venceu o goleiro Silvio Luiz,
com um tiro cruzado.
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