São Paulo, domingo, 26 de julho de 1998

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Basquete, automobilismo e golfe lideram nos royalties

da Reportagem Local

Basquete, automobilismo e golfe lideram o ranking dos esportes que mais atraem investimentos de patrocinadores em todo o mundo.
Os atletas que militam nesses esportes são ainda os que abocanham maiores fatias de recursos em royalties (comissões sobre a venda de artigos com sua marca).
Dos três jogadores norte-americanos de basquete citados pela "Forbes" na lista dos dez mais bem pagos, Grant Hill é quem mais fatura com publicidade em proporção a seu salário.
Dos US$ 17 milhões que recebeu no último ano, 70,6% (US$ 12 milhões) vieram da comercialização maciça de sua imagem.
No Brasil, por exemplo, Hill estampa comerciais da Sprite (soda limonada) e da Fila (artigos esportivos). Nos EUA, a lista é extensa.
Isso porque o ala do Detroit Pistons, de 25 anos, é tido como o "bom moço" da NBA.
Considerado um dos dez melhores jogadores da liga, foi o segundo mais lembrado na votação para o último All-Star Game, partida anual que reúne as maiores estrelas do basquete profissional dos EUA. Só ficou atrás de Michael Jordan, de que é apontado como um dos possíveis sucessores.
Jordan, aliás, é o que mais lucra em valores absolutos com a sua imagem. Foram US$ 47 milhões em 1997, ou 60% do total que recebeu. A maior parte veio na forma de royalties da Nike, da Bijan, que lançou a colônia com seu nome, e ainda da Warner, que contratou o jogador para atuar no filme "Space Jam - O Jogo do Século", de 1996, que arrecadou US$ 90 milhões só em bilheteria.
Outra publicação norte-americana coloca Jordan como o mais bem pago do esporte. Há sete anos, ele lidera a lista de rendimentos publicada no anuário da Sports Marketing Letter, dos EUA.

Tiger
O campeão absoluto em dinheiro "extra-salário" é o norte-americano Tiger Woods.
Campeão do Masters, um dos quatro torneios de golfe mais importantes do circuito, em 97, e mais recente revelação do esporte nos EUA, ele sustenta um índice de 91,9% dos rendimentos baseados em royalties e prêmios.
Sua fama foi responsável pelo crescimento da popularidade do esporte. Em 96, o golfe significava 1% do faturamento da Nike.
Já em 97, a empresa festejou 1,6% -US$ 180 milhões em vendas- e lançou uma linha de artigos esportivos com a marca Tiger Woods.
Um dado interessante. Os lutadores de boxe são os que menos faturam proporcionalmente com a imagem.
Mike Tyson, no ano passado, não lucrou um centavo em publicidade. Desgastado com as confusões em que se meteu, o lutador praticamente deu adeus à carreira de garoto-propaganda.
"Ficou evidente que nenhuma empresa queria relacionar sua marca com a figura de Tyson", comentou Jim Andrews, da IEG.
Holyfield ganhou US$ 1,3 milhões, ou 2,3% de seu faturamento, com a sua imagem, enquanto Oscar de la Hoya, atual "boa-pinta" do boxe mundial, teve apenas 2,6% dos seus ganhos no ano passado ligados à imagem. (FSx)


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