São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2004

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O PERSONAGEM

Baiano se iguala a Joaquim Cruz e fica sem vocabulário

DOS ENVIADOS A ATENAS

Ricardo Alex Costa Santos, 29, tornou-se ontem o quarto brasileiro mais vitorioso em Olimpíadas, em termos qualitativos. Ao somar um ouro à prata obtida em Sydney-00, ele se igualou a Joaquim Cruz, campeão dos 800 m (atletismo) em Los Angeles-84 e vice na mesma prova em Seul-88.
Está, agora, só atrás de dois velejadores, que seguem na ativa, e de um mito do esporte nacional, já morto. Robert Scheidt é dono de uma prata e de dois ouros, o último deles obtido na Grécia. Torben Grael tem um ouro, uma prata e dois bronzes e está nas raias de Atenas. Adhemar Ferreira da Silva foi bicampeão olímpico do salto triplo nos anos 50.
Ao tomar conhecimento do feito, Ricardo mostrou-se surpreso e teve dificuldades para externar como se sentia. Foi provocado por um bem-humorado Emanuel: "Agora gasta seu vocabulário".
"Estou muito contente por isso, por estar entre os maiores vencedores... Estou muito feliz, não sei nem o que falar, ainda estou meio zonzo com tudo isso... Viajando", disse.
Baiano de Salvador, ele começou a atuar nas areias em 1994, mas só fez seu nome a partir de 1998, quando formou dupla com o paraibano Zé Marco, que já tinha dois títulos nacionais e dois do Circuito Mundial. Com ele, foi prata em Sydney. Também em 2000, conquistou seu primeiro Circuito Mundial. Antes de juntar-se a Emanuel, ainda atuou com Loiola em 2001 e 2002.
Devido a sua supremacia no bloqueio, recebeu o apelido de "Block Machine" no exterior. No Brasil, os rivais se referem a ele como "A Muralha".
Ontem, assinalou só dois pontos de bloqueio. "Estou realizado como atleta", disse, casado com Fabiana e pai de Pedro, 7, e Giulia, 1. (LC E RD)

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