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São Paulo testa o fôlego contra algoz de paulistas
Náutico, que impôs 1º revés ao líder e bateu Corinthians e Santos, enfrenta crise
Enquanto time do Morumbi preocupa-se com cansaço, rival enfrenta até ameaça de paralisação de atletas, que estão com salário atrasado
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A bobeira dos rivais paulistas
no primeiro turno do Brasileiro
serviu de alerta para o São Paulo. E o líder do Nacional não
quer ter o dissabor que Corinthians e Santos já tiveram diante do agonizante Náutico.
Embora ocupe a 18ª colocação, o time pernambucano, que
hoje à tarde encara a melhor
equipe até agora do torneio,
costuma pregar peças quando
visita os estádios paulistas.
Foi assim contra o Corinthians, quando, em pleno Morumbi, sapecou 3 a 0.
E o elenco de Vanderlei Luxemburgo provou do mesmo
veneno, desta vez na Vila Belmiro, onde caiu por 2 a 1.
O único paulista a vencer o
Náutico foi o Palmeiras, que,
como visitante, derrotou, só no
fim, os recifenses por 1 a 0.
Escolado, o time de Muricy
Ramalho, além de ter estudado
a cartilha dos rivais paulistas,
também conhece as travessuras do Náutico, pois na segunda
rodada foi uma vítima do clube
pernambucano, no Nordeste.
"O Náutico vem fechado, para jogar no nosso erro", comentou o treinador são-paulino,
afirmando que o rival não deve
ser menosprezado por habitar
a zona de rebaixamento.
"É um time perigoso, bem
treinado e com o qual temos de
tomar cuidado", prosseguiu
Muricy, elencando preocupações que parecem estranhas
para uma equipe que, desde a
sétima rodada do primeiro turno, oscila entre as quatro últimas colocações do torneio.
Como de costume, Muricy
não revelou quais atletas entrarão em campo como titulares.
Mas a preocupação do treinador recai também sobre o fato de a equipe ter jogado na última quinta, pela Sul-Americana, quando se classificou à fase
seguinte depois de empatar em
1 a 1 com o Figueirense.
"Vamos avaliar como eles estão. Não dá para estourar jogador e perder depois", alertou.
São Paulo e Náutico enfrentam momentos distintos também fora das quatro linhas.
Enquanto os paulistas ainda
contavam as cifras pela venda
de Josué ao futebol alemão, a
semana da equipe pernambucana foi atribulada, com uma
tentativa de greve por parte dos
jogadores, que estavam há dois
meses sem receber salários.
O movimento só não prosseguiu porque a diretoria quitou
na última quinta-feira um mês
de pagamentos pendentes.
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