São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

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São Paulo testa o fôlego contra algoz de paulistas

Náutico, que impôs 1º revés ao líder e bateu Corinthians e Santos, enfrenta crise

Enquanto time do Morumbi preocupa-se com cansaço, rival enfrenta até ameaça de paralisação de atletas, que estão com salário atrasado

JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

A bobeira dos rivais paulistas no primeiro turno do Brasileiro serviu de alerta para o São Paulo. E o líder do Nacional não quer ter o dissabor que Corinthians e Santos já tiveram diante do agonizante Náutico.
Embora ocupe a 18ª colocação, o time pernambucano, que hoje à tarde encara a melhor equipe até agora do torneio, costuma pregar peças quando visita os estádios paulistas.
Foi assim contra o Corinthians, quando, em pleno Morumbi, sapecou 3 a 0.
E o elenco de Vanderlei Luxemburgo provou do mesmo veneno, desta vez na Vila Belmiro, onde caiu por 2 a 1.
O único paulista a vencer o Náutico foi o Palmeiras, que, como visitante, derrotou, só no fim, os recifenses por 1 a 0.
Escolado, o time de Muricy Ramalho, além de ter estudado a cartilha dos rivais paulistas, também conhece as travessuras do Náutico, pois na segunda rodada foi uma vítima do clube pernambucano, no Nordeste.
"O Náutico vem fechado, para jogar no nosso erro", comentou o treinador são-paulino, afirmando que o rival não deve ser menosprezado por habitar a zona de rebaixamento.
"É um time perigoso, bem treinado e com o qual temos de tomar cuidado", prosseguiu Muricy, elencando preocupações que parecem estranhas para uma equipe que, desde a sétima rodada do primeiro turno, oscila entre as quatro últimas colocações do torneio.
Como de costume, Muricy não revelou quais atletas entrarão em campo como titulares.
Mas a preocupação do treinador recai também sobre o fato de a equipe ter jogado na última quinta, pela Sul-Americana, quando se classificou à fase seguinte depois de empatar em 1 a 1 com o Figueirense.
"Vamos avaliar como eles estão. Não dá para estourar jogador e perder depois", alertou.
São Paulo e Náutico enfrentam momentos distintos também fora das quatro linhas.
Enquanto os paulistas ainda contavam as cifras pela venda de Josué ao futebol alemão, a semana da equipe pernambucana foi atribulada, com uma tentativa de greve por parte dos jogadores, que estavam há dois meses sem receber salários.
O movimento só não prosseguiu porque a diretoria quitou na última quinta-feira um mês de pagamentos pendentes.

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