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Bagunça
Sem padrão tático e com mudanças ineficazes antes e durante a partida, São Paulo , do interino Baresi, empata com Vasco e prossegue em crise
São Paulo 0
Vasco 0
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
No ataque, Fernandão é
barrado por Fernandinho,
substituído por Dagoberto.
No meio, Cléber Santana dá
lugar a Richarlyson, que começa a jogar como meia, mas
se torna volante para ceder
espaço a Carlinhos Paraíba.
O São Paulo atual é uma ciranda, mas não é um carrossel. A confusão de nomes de
atletas e trocas de posição é
um reflexo da desorganização tática exibida, de novo,
no empate contra o Vasco.
O resultado mantém o time próximo da zona de rebaixamento, com 18 pontos.
Interino e sem prestígio, o
técnico Sérgio Baresi decidiu
inovar com uma armação
com três atacantes. Para isso,
trocou Marlos e Fernandão
por Marcelinho e Fernandinho, como pontas.
Era uma armação para superar a retranca vascaína.
Um belo drible de Marcelinho no início e passe para
conclusão de Ricardo Oliveira, defendida pelo goleiro,
até dava um sinal otimista ao
torcedor. Mas foi só.
Dono da posse de bola, o
São Paulo quase não fez mais
nada. O lance mais agudo
nessa etapa foi uma cobrança de falta de Jean, de longe,
que resvalou no travessão.
Se a ineficiência não bastasse, o time paulista ainda
teve azar. Ricardo Oliveira
saiu com dores no joelho.
Junto com Fernandão, entrou em campo Carlinhos Paraíba. A roda da ciranda girava, mas continuava a não
chegar a lugar nenhum.
Os são-paulinos até podem reclamar de um puxão
de camisa em Fernandão na
área -o juiz Carlos Eugênio
Simon não marcou pênalti.
Mas a falta de gols é resultado não de falhas da arbitragem e sim de um time que rodava a bola sem saber como
ameaçar o Vasco.
Até porque o técnico PC
Gusmão mostrava por que
está invicto no Brasileiro: abdicou de qualquer ação ofensiva durante todo o jogo.
Os momentos de perigo
são-paulinos eram resultado
de esforços individuais. Como os do improvisado lateral
Jean, que entrou driblando e
chutou para fora.
A torcida organizada, como fizera no CT da clube, pediu a entrada de Dagoberto.
Baresi não hesitou em
atendê-la. Era mais um na roda, só que nada mudava.
O São Paulo se mostrava
tão confuso que nem as jogadas óbvias eram executadas.
Em uma falta próxima à área,
Rogério atravessou o campo.
Mas foi Carlinhos Paraíba
quem bateu. Para fora.
Simon apitou o final da
partida, e a ciranda são-paulina parou de rodar. Irritado,
Rogério chutou a bola longe.
"Dominamos o jogo, mas
não criamos muitas chances", resumiu Dagoberto.
Nem o protesto da torcida
foi organizado -eram fãs isolados xingando os atletas.
ANTES
Baresi escala três atacantes, com Marcelinho e Fernandinho nas vagas de Marlos e
Fernandão. Cléber Santana é barrado
DURANTE
O time domina a posse de bola, mas tem dificuldades para criar chances de
gol. Dagoberto entra no segundo tempo
DEPOIS
A pressão final tem a melhor chance nos pés de Marcelinho, que chuta em cima do goleiro. O time se mantém próximo da degola
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