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Time paulista vem de série de três derrotas seguidas, enquanto o do Rio quer evitar rebaixamento
Santos e Fla tentam ressuscitar
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Dizendo-se ainda traumatizado
pela briga com os policiais militares no jogo de Belém, desfalcado
de três titulares e sob o impacto de
três derrotas consecutivas, o Santos pede o apoio da torcida hoje,
contra o Flamengo, para tentar se
reerguer no Brasileiro-2002.
O time, que há duas semanas lutava pela liderança do Nacional,
caiu para a quinta colocação, com
32 pontos, atrás de São Paulo, São
Caetano, Corinthians e Juventude, após as derrotas, seguidas, para São Paulo, Lusa e Paysandu.
Para o Flamengo, a partida também tem caráter de ressurreição.
O técnico Evaristo de Macedo
avisou que uma derrota pode ser
catastrófica -o time está na 22ª
colocação, com 22 pontos, e só
não se encontra na zona de rebaixamento porque tem vantagem
nos critérios de desempate em relação a Gama e Botafogo.
"Estamos conscientes de que se
trata de um jogo e de uma rodada
decisiva para a gente."
Já os atletas santistas, além da
queda de rendimento no Nacional, continuavam preocupados
com o confronto com a PM durante o jogo contra o Paysandu.
Após chegarem anteontem à
noite de Belém, se reapresentaram para treinar na tarde de ontem. Antes, entretanto, tiveram
uma reunião de 20 minutos com o
presidente Marcelo Teixeira.
Após o encontro, o dirigente
deixou o CT Rei Pelé sem dar declarações aos jornalistas.
O clube espera conseguir na Justiça a anulação da partida. O argumento é que foi obrigado a terminar o jogo com um atleta a menos
por um fator extracampo -após
empurra-empurra com a polícia,
o zagueiro Preto levou um golpe
de cassetete na cabeça.
Mesmo com cinco pontos na
cabeça devido ao corte que sofreu,
Preto participou do treinamento e
está confirmado entre os titulares.
"Ele não apresentou nenhum sinal de traumatismo craniano
mais agudo e está apenas com
uma proteção no local", declarou
o médico Carlos Braga.
Embora abalado pelo episódio,
o grupo tentava superar o trauma
evitando o assunto.
"Faz parte do passado. Não quero nem ficar lembrando disso aí",
afirmou o meia Elano.
"Não aguentamos mais o que
ocorreu e temos de esquecer. O
futuro pertence a nós, e precisamos construí-lo novamente", declarou o técnico Emerson Leão.
O treinador minimizou a importância das três derrotas consecutivas. Para ele, a equipe foi prejudicada pela arbitragem contra
São Paulo (3 a 2) e Lusa (2 a 1).
"As duas primeiras [derrotas]
sabe-se como foram feitas [pela
arbitragem]. A terceira [Paysandu] foi erro nosso", afirmou.
Destaque da equipe, o meia-atacante Diego sofreu uma advertência de Leão, para quem o jogador prejudicou o time ao reagir a
uma entrada dura de um adversário e receber o cartão vermelho.
"Errei, mas não tenho sangue
de barata", justificou o atleta.
Além de Diego, os outros dois
titulares que não enfrentarão o
Flamengo são o atacante Alberto
(suspenso pelo terceiro amarelo)
e o zagueiro Alex (machucado).
Eles serão substituídos, respectivamente, por Robert, William e
pelo próprio Preto.
Apesar da fase negativa, o time
foi beneficiado pelos resultados
de alguns adversários direitos por
uma das oito vagas na última rodada e poderá permanecer na zona de classificação mesmo em caso de nova derrota nesta tarde.
Colaborou a Sucursal do Rio
NA TV - Globo, ao vivo, a
partir das 16h
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