São Paulo, sábado, 26 de outubro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Time paulista vem de série de três derrotas seguidas, enquanto o do Rio quer evitar rebaixamento

Santos e Fla tentam ressuscitar

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Dizendo-se ainda traumatizado pela briga com os policiais militares no jogo de Belém, desfalcado de três titulares e sob o impacto de três derrotas consecutivas, o Santos pede o apoio da torcida hoje, contra o Flamengo, para tentar se reerguer no Brasileiro-2002.
O time, que há duas semanas lutava pela liderança do Nacional, caiu para a quinta colocação, com 32 pontos, atrás de São Paulo, São Caetano, Corinthians e Juventude, após as derrotas, seguidas, para São Paulo, Lusa e Paysandu.
Para o Flamengo, a partida também tem caráter de ressurreição.
O técnico Evaristo de Macedo avisou que uma derrota pode ser catastrófica -o time está na 22ª colocação, com 22 pontos, e só não se encontra na zona de rebaixamento porque tem vantagem nos critérios de desempate em relação a Gama e Botafogo.
"Estamos conscientes de que se trata de um jogo e de uma rodada decisiva para a gente."
Já os atletas santistas, além da queda de rendimento no Nacional, continuavam preocupados com o confronto com a PM durante o jogo contra o Paysandu.
Após chegarem anteontem à noite de Belém, se reapresentaram para treinar na tarde de ontem. Antes, entretanto, tiveram uma reunião de 20 minutos com o presidente Marcelo Teixeira.
Após o encontro, o dirigente deixou o CT Rei Pelé sem dar declarações aos jornalistas.
O clube espera conseguir na Justiça a anulação da partida. O argumento é que foi obrigado a terminar o jogo com um atleta a menos por um fator extracampo -após empurra-empurra com a polícia, o zagueiro Preto levou um golpe de cassetete na cabeça.
Mesmo com cinco pontos na cabeça devido ao corte que sofreu, Preto participou do treinamento e está confirmado entre os titulares. "Ele não apresentou nenhum sinal de traumatismo craniano mais agudo e está apenas com uma proteção no local", declarou o médico Carlos Braga.
Embora abalado pelo episódio, o grupo tentava superar o trauma evitando o assunto.
"Faz parte do passado. Não quero nem ficar lembrando disso aí", afirmou o meia Elano.
"Não aguentamos mais o que ocorreu e temos de esquecer. O futuro pertence a nós, e precisamos construí-lo novamente", declarou o técnico Emerson Leão.
O treinador minimizou a importância das três derrotas consecutivas. Para ele, a equipe foi prejudicada pela arbitragem contra São Paulo (3 a 2) e Lusa (2 a 1).
"As duas primeiras [derrotas] sabe-se como foram feitas [pela arbitragem]. A terceira [Paysandu] foi erro nosso", afirmou.
Destaque da equipe, o meia-atacante Diego sofreu uma advertência de Leão, para quem o jogador prejudicou o time ao reagir a uma entrada dura de um adversário e receber o cartão vermelho.
"Errei, mas não tenho sangue de barata", justificou o atleta.
Além de Diego, os outros dois titulares que não enfrentarão o Flamengo são o atacante Alberto (suspenso pelo terceiro amarelo) e o zagueiro Alex (machucado). Eles serão substituídos, respectivamente, por Robert, William e pelo próprio Preto.
Apesar da fase negativa, o time foi beneficiado pelos resultados de alguns adversários direitos por uma das oito vagas na última rodada e poderá permanecer na zona de classificação mesmo em caso de nova derrota nesta tarde.


Colaborou a Sucursal do Rio
NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 16h



Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Preto admite sentir receio de jogo aéreo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.