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BASQUETE
Ala é cestinha na decisão contra o Americana, ganha primeiro título no ano e iguala marca de Hortência de 1993
Janeth lidera Ourinhos ao título paulista
DA REPORTAGEM LOCAL
No retorno ao país depois de
um ano e meio sem defender uma
equipe nacional, a ala Janeth, melhor jogadora brasileira, foi a estrela do Unimed/Ourinhos na
conquista do Paulista feminino de
basquete. Ontem à noite, na quarta partida da série melhor de cinco, com 23 pontos da jogadora, o
time derrotou em casa o Unimed/Americana, então campeão,
por 79 a 74, e garantiu o título.
Com a conquista, ela igualou
dois feitos alcançados pela ala
Hortência em 1993. Ganhou o título paulista em três décadas diferentes (fora campeã em 1986, 1991
e 1995) e com 16 anos entre a primeira e a última conquista
-Hortência, com 12 títulos, ganhara pela primeira vez em 1977.
Janeth, cestinha da decisão, com
96 pontos, média de 24 por partida, participou apenas da fase final
da competição graças a um contrato temporário com o time.
Nos sete jogos que disputou no
período -três na semifinal -,
ela marcou em média 24,6 pontos, acima, inclusive, aos valores
obtidos pela ala-armadora Silvinha, de Americana (20,4), a cestinha oficial da competição.
O time do técnico Paulo Bassul,
de melhor campanha na fase de
classificação, não pôde contar nos
playoffs com a armadora Helen
O título paulista salvou Janeth
de um ano de insucessos. No primeiro semestre, ela não conseguira alcançar o seu intento, arranjar
um patrocinador para montar
uma equipe para a competição.
Em meados do ano, disputou a
WNBA pelo Houston Comets.
Marcou menos pontos do que no
ano anterior, não foi convocada
para o Jogo das Estrelas, tampouco eleita para a seleção do torneio
-como havia ocorrido em 2001.
Em setembro, a jogadora também teve queda de rendimento
(pontos e aproveitamento dos arremessos) no Mundial da China,
com a seleção brasileira, que obteve apenas a sétima colocação.
Ontem, a equipe da casa começou melhor desde o início e, aos
poucos, construiu vantagem no
placar. Graças, principalmente,
aos lances individuais de Janeth e
da pivô Lígia, Ourinhos chegou a
abrir 25 a 14 no primeiro quarto.
Por Americana, a ala-armadora
Silvinha tentava equilibrar a partida em lances individuais, seja
em infiltrações ou na preparação
de chutes do perímetro. Exatamente dessa forma, ela conseguiu
que a diferença caísse para sete
pontos ao fim desse período.
No quarto seguinte, o panorama manteve-se inalterado, embora Ourinhos tenha passado a depender menos do individualismo
de Janeth. Com velocidade e explorando os contra-ataques, a
equipe soube administrar uma liderança acima dos cinco pontos.
Com três faltas, a pivô Êga teve
que deixar a quadra e desequilibrou de vez o garrafão -na metade do jogo, o time da casa já conquistara sete rebotes a mais.
Ourinhos definiu a partida no
início do segundo tempo. Sem
desperdiçar bolas no ataque, ampliou a vantagem para 19 pontos
ainda na metade do quarto.
No período final da partida,
Americana chegou a assustar a
torcida que lotou o ginásio Monstrinho ao diminuir a diferença para apenas quatro pontos no minuto final.
Porém a pivô Êga, de Americana, definiu o resultado ao desperdiçar dois lances livres.
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