São Paulo, sábado, 26 de outubro de 2002

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BASQUETE

Ala é cestinha na decisão contra o Americana, ganha primeiro título no ano e iguala marca de Hortência de 1993

Janeth lidera Ourinhos ao título paulista

DA REPORTAGEM LOCAL

No retorno ao país depois de um ano e meio sem defender uma equipe nacional, a ala Janeth, melhor jogadora brasileira, foi a estrela do Unimed/Ourinhos na conquista do Paulista feminino de basquete. Ontem à noite, na quarta partida da série melhor de cinco, com 23 pontos da jogadora, o time derrotou em casa o Unimed/Americana, então campeão, por 79 a 74, e garantiu o título.
Com a conquista, ela igualou dois feitos alcançados pela ala Hortência em 1993. Ganhou o título paulista em três décadas diferentes (fora campeã em 1986, 1991 e 1995) e com 16 anos entre a primeira e a última conquista -Hortência, com 12 títulos, ganhara pela primeira vez em 1977.
Janeth, cestinha da decisão, com 96 pontos, média de 24 por partida, participou apenas da fase final da competição graças a um contrato temporário com o time.
Nos sete jogos que disputou no período -três na semifinal -, ela marcou em média 24,6 pontos, acima, inclusive, aos valores obtidos pela ala-armadora Silvinha, de Americana (20,4), a cestinha oficial da competição.
O time do técnico Paulo Bassul, de melhor campanha na fase de classificação, não pôde contar nos playoffs com a armadora Helen
O título paulista salvou Janeth de um ano de insucessos. No primeiro semestre, ela não conseguira alcançar o seu intento, arranjar um patrocinador para montar uma equipe para a competição.
Em meados do ano, disputou a WNBA pelo Houston Comets. Marcou menos pontos do que no ano anterior, não foi convocada para o Jogo das Estrelas, tampouco eleita para a seleção do torneio -como havia ocorrido em 2001.
Em setembro, a jogadora também teve queda de rendimento (pontos e aproveitamento dos arremessos) no Mundial da China, com a seleção brasileira, que obteve apenas a sétima colocação.
Ontem, a equipe da casa começou melhor desde o início e, aos poucos, construiu vantagem no placar. Graças, principalmente, aos lances individuais de Janeth e da pivô Lígia, Ourinhos chegou a abrir 25 a 14 no primeiro quarto.
Por Americana, a ala-armadora Silvinha tentava equilibrar a partida em lances individuais, seja em infiltrações ou na preparação de chutes do perímetro. Exatamente dessa forma, ela conseguiu que a diferença caísse para sete pontos ao fim desse período.
No quarto seguinte, o panorama manteve-se inalterado, embora Ourinhos tenha passado a depender menos do individualismo de Janeth. Com velocidade e explorando os contra-ataques, a equipe soube administrar uma liderança acima dos cinco pontos.
Com três faltas, a pivô Êga teve que deixar a quadra e desequilibrou de vez o garrafão -na metade do jogo, o time da casa já conquistara sete rebotes a mais.
Ourinhos definiu a partida no início do segundo tempo. Sem desperdiçar bolas no ataque, ampliou a vantagem para 19 pontos ainda na metade do quarto.
No período final da partida, Americana chegou a assustar a torcida que lotou o ginásio Monstrinho ao diminuir a diferença para apenas quatro pontos no minuto final.
Porém a pivô Êga, de Americana, definiu o resultado ao desperdiçar dois lances livres.


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