São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2004

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AUTOMOBILISMO

No dia seguinte, ferrarista treina de kart

Barrichello cala sobre GP Brasil, mas "absolve" são Pedro pela garoa

Renato Stockler/Folha Imagem
Funcionários trabalham na desmontagem dos equipamentos usados durante o GP Brasil de F-1


DA REPORTAGEM LOCAL

A segunda-feira que Rubens Barrichello imaginou com glórias e comemorações foi de caridade e silêncio. Aos repórteres que o procuraram, o brasileiro disse que não falaria sobre o GP Brasil.
Pole position, mas só terceiro colocado ao fim da prova de anteontem, o vice-campeão da F-1 esteve no fim da manhã em um asilo na região de Santo Amaro (zona sul) para entregar alimentos e materiais que sobraram do final de semana de Interlagos.
No início da noite, foi ao kartódromo da Granja Viana para iniciar os treinos para 500 Milhas de kart, prova marcada para novembro -ele correrá em um time com Tony Kanaan, David Coulthard e procura um quarto piloto.
Pediu para que os fotógrafos e cinegrafistas não fizessem imagens de seu filho, Eduardo, e, sobre o resultado da corrida, declarou apenas que "São Pedro não está contra mim". A partir de então, afirmou que não falaria mais sobre a corrida de anteontem.
Em Interlagos, largando da pole, com Michael Schumacher em 18º, Barrichello teve a maior chance de sua carreira de vencer em casa. Foi traído, porém, pela única fraqueza de um carro que venceu 15 das 18 etapas do ano: garoou, o que deixou a pista úmida, péssima para os pneus da Bridgestone.
Qualquer outra situação, chuva forte ou tempo seco, favoreceria os compostos da Ferrari contra os Michelin de Williams e McLaren. Barrichello terminou justamente atrás de pilotos das duas equipes: Juan Pablo Montoya (Williams) e Kimi Raikkonen (McLaren).
O ferrarista ontem só começou seus compromissos no final da manhã. O motivo, a festa organizada por ele e pela escuderia depois do GP, no hotel Transamérica, que avançou a madrugada.
A "exigência" para entrar na festa era portar algo vermelho, cor da escuderia. Barrichello pintou os cabelos, mas ontem, na visita ao asilo, já havia tirado a tintura.
Em Interlagos, o clima era de fim de feira. Catadores de lixo perambulavam pelo autódromo em busca de materiais para vender.
Nos boxes e escritórios dos times, muito lixo. No local usado pela Jaguar, por exemplo, algumas garrafas de champanhe e vinho (nacionais) indicavam que a festa de despedida -a escuderia não disputa mais o Mundial- deve ter ido até a madrugada.
Na Williams, além de algumas garrafas de cerveja e champanhe, fotos de Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher boiavam nas poças d'água que se formaram com a chuva que caiu à noite -os dois pilotos correrão por outras equipes na temporada que vem.


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