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ultrapassagem
Corinthians deixa Palmeiras para trás
Gol de Marcelo Mattos no 2º tempo faz time de Leão transferir medo do rebaixamento no Brasileiro para o arqui-rival
Rubens Cavallari/Folha Imagem
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O volante Marcelo Mattos comemora o gol que deu a vitória do Corinthians sobre o Palmeiras |
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O "pato novo" Marcelo Vilar
bem que gostaria de ter provado que as alfinetadas de Leão
teriam de ser engolidas. Não
conseguiu. No Corinthians x
Palmeiras contra o fantasma do
rebaixamento no Brasileiro, ficou para o Palmeiras de Vilar,
espetado por sua inexperiência, a maior porção do temor de
virar ausência na Série A.
O time do Parque Antarctica
perdeu para o Corinthians por 1
a 0 num jogo em que a qualidade técnica ficou à altura do que
estava em disputa e também do
castigado gramado do Morumbi, marcado pela passagem de
festa no começo da semana.
Quem definiu o que foi o confronto foi Edmundo, ao ser
questionado sobre o número de
chances desperdiçadas pelos
dois times: "Vai ver que os dois
times são ruins", disparou.
Foi a primeira vitória corintiana em clássicos em 2006. O
time fecha o ano com mais seis
derrotas e dois empates nesses
duelos. Mas o triunfo valeu
mais. Serviu para ultrapassar o
Palmeiras na tabela. Com sete
rodadas para o fim do campeonato, a equipe alviverde parou
nos 37 pontos, um a menos que
o arqui-rival. Os times inverteram suas posições. O Corinthians é o 14º, e o Palmeiras, o
15º, podendo ser ultrapassado
pelo Fluminense na rodada.
O Corinthians começou o jogo explorando a velocidade de
seu ataque. Amoroso, pelo
meio, no buraco aberto pelo recuo de Marcinho Guerreiro, e
Ramon, mais pela esquerda,
eram as principais armas.
Já o Palmeiras, com Valdivia
sem conseguir desempenhar o
papel que dele se esperava -o
de articulador- e com as alas
marcadas e a ameaça dos velocistas corintianos, se retraiu.
Com isso, a estratégia do Corinthians só foi frustrada na
etapa inicial por Diego Cavalieri e suas defesas, cada vez mais
rotineiras. Mas, depois de repetir o roteiro do último domingo
contra o Cruzeiro e desperdiçar
as chances que criou, o Corinthians viu o arqui-rival crescer
em campo e também ameaçar.
Se o primeiro tempo foi apenas uma coletânea de poucas
oportunidades, o segundo mostrou que o jogo poderia piorar.
A etapa final foi, praticamente,
jogada apenas na metade do
campo que o Palmeiras defendia. Com uma proposta de contragolpear, o time recuou e deixou que o Corinthians exercesse uma leve pressão.
A estratégia custou caro.
Com o campo à disposição, o
Corinthians tomou conta do jogo, apesar de apenas conseguir
ameaçar de fato o gol de Diego
Cavalieri a partir da segunda
metade do tempo final.
E um escanteio, aos 31min,
decretou o triunfo corintiano.
Cesar cobrou na linha da pequena área, e Marcelo Mattos
subiu para cabecear sem marcação. O gol saiu no momento
em que até Leão parecia desistir do triunfo. O técnico acabara de sacar Amoroso para reforçar a marcação no meio.
Mas, placar aberto, jogo escancarado. O Palmeiras teve
que abdicar de ficar só atrás e
fez os espaços reaparecerem.
Porém, não deu para empatar.
"O jogo foi equilibrado e decidido no detalhe", disse Marcelo
Vilar. O problema, para ele e
para os seus comandados, é que
o detalhe foi o gol.
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