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Organizadas assistem ao jogo juntas
DA REPORTAGEM LOCAL
O que havia sido planejado
para ser uma demonstração
de união e harmonia entre as
organizadas foi um momento doloroso para Marcos Tadeu Borges, pai de Diogo, o
torcedor morto na estação
Tatuapé do metrô em confronto de torcidas após o jogo entre Palmeiras e Corinthians em outubro de 2005.
Enquanto membros das
organizadas de ambos os times assistiam juntas ao primeiro tempo do clássico, em
uma iniciativa de Federação
Paulista de Futebol, Ministério Público de SP e Ministério do Esporte, Borges acessava autoridades presentes
para ajudar na captura do assassino do filho, foragido.
Ouviu de uma pessoa que
estava próxima a seguinte
orientação: ""Fala com eles
[Paulo de Castilho e Eder do
Lago Mendes, promotores
de Justiça], que são autoridades e vão te dar uma ajuda".
""Em um primeiro momento, foi uma dor muito
grande vir aqui e encontrar o
pessoal da Gaviões da Fiel.
Afinal, o assassino do meu filho estava com a camisa dessa torcida", relatou Borges.
Além de assistirem juntos
ao primeiro tempo, as diretorias de oito organizadas, o
ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., e policiais, além
dos promotores, visitaram a
central de monitoramento.
Silva Jr. defendeu o programa Paz no Esporte, que
quer erradicar a violência do
futebol. Alguns policiais, porém, mostraram descrença.
Um deles, que não se identificou, argumentou que quem
manda nas organizadas não
veio. Apontou a ausência de
Paulo Serdan (Mancha Alviverde) e Pulguinha (Gaviões
da Fiel). Além disso, no final
do jogo houve confronto entre palmeirenses e a polícia.
O estádio ficou sem luz durante cerca de duas horas antes da partida. Somente uma
hora antes do início do clássico é que a situação foi normalizada. O motivo foi um
problema em um cabo na
praça Roberto Gomes Pedrosa.0
(EDUARDO OHATA)
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