São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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Organizadas assistem ao jogo juntas

DA REPORTAGEM LOCAL

O que havia sido planejado para ser uma demonstração de união e harmonia entre as organizadas foi um momento doloroso para Marcos Tadeu Borges, pai de Diogo, o torcedor morto na estação Tatuapé do metrô em confronto de torcidas após o jogo entre Palmeiras e Corinthians em outubro de 2005.
Enquanto membros das organizadas de ambos os times assistiam juntas ao primeiro tempo do clássico, em uma iniciativa de Federação Paulista de Futebol, Ministério Público de SP e Ministério do Esporte, Borges acessava autoridades presentes para ajudar na captura do assassino do filho, foragido.
Ouviu de uma pessoa que estava próxima a seguinte orientação: ""Fala com eles [Paulo de Castilho e Eder do Lago Mendes, promotores de Justiça], que são autoridades e vão te dar uma ajuda".
""Em um primeiro momento, foi uma dor muito grande vir aqui e encontrar o pessoal da Gaviões da Fiel. Afinal, o assassino do meu filho estava com a camisa dessa torcida", relatou Borges.
Além de assistirem juntos ao primeiro tempo, as diretorias de oito organizadas, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., e policiais, além dos promotores, visitaram a central de monitoramento.
Silva Jr. defendeu o programa Paz no Esporte, que quer erradicar a violência do futebol. Alguns policiais, porém, mostraram descrença. Um deles, que não se identificou, argumentou que quem manda nas organizadas não veio. Apontou a ausência de Paulo Serdan (Mancha Alviverde) e Pulguinha (Gaviões da Fiel). Além disso, no final do jogo houve confronto entre palmeirenses e a polícia.
O estádio ficou sem luz durante cerca de duas horas antes da partida. Somente uma hora antes do início do clássico é que a situação foi normalizada. O motivo foi um problema em um cabo na praça Roberto Gomes Pedrosa.0 (EDUARDO OHATA)

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