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Jade põe à prova fôlego e série de conquistas
Ginasta disputa na etapa da Copa em Stuttgart seu oitavo torneio no ano e tenta manter seqüência de quase 3 pódios por evento
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
A carioca Jade Barbosa disputa a partir de hoje em Stuttgart, na Alemanha, a etapa da
Copa do Mundo em que colocará à prova o status de melhor ginasta do país na atualidade e a
resistência de sua parte física.
Assim que pisar no tablado
da Porsche-Arena, Jade irá se
tornar a brasileira que mais
atuou neste ano em torneios de
peso da ginástica artística.
Ela participa agora de seu oitavo campeonato na temporada, sendo o sétimo de caráter
internacional, uma marca expressiva, que contribui tanto
para que ganhe experiência como para tenha atenção especial
para que não se machuque.
"A Jade foi escolhida porque
tem de somar o maior número
possível de pontos na Copa para a finalíssima de 2008. Tivemos mais de um mês para recuperá-la depois do Mundial. Por
isso não há problema", afirma
Eliane Martins, supervisora de
seleções da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).
A atleta, principal aposta do
técnico da seleção, Oleg Ostapenko, para a Olimpíada, foi escolhida, ao lado de Daniele
Hypólito, pelo fato de ser a única disponível na equipe permanente. Daiane dos Santos e Laís
Souza estão fora de ação, recuperando-se, e as demais não
têm idade para atuar na Copa.
Alçada à condição de estrela
durante o Pan-2007 (ganhou
ouro, prata e bronze) e à de sensação no último Mundial
(bronze), Jade afirma que sente
cansaço, mas que ele já é parte
integrante de sua rotina.
"É difícil competir sempre.
Mas eu não me preocupo com
isso. Estou acostumada", afirma a atleta. "Hoje sou mais reconhecida. O único problema é
que a adrenalina é a mesma a
cada torneio", completa Jade,
admitindo sentir frio na barriga
antes de cada apresentação.
Neste ano, em que fez sua estréia nos eventos adultos, Jade
registra a média de um torneio
a cada 28 dias e supera suas
compatriotas por ter conquistado 19 pódios, uma média de
2,7 por competição. Quem mais
se aproxima dela são Ana Cláudia Silva e Khiuani Dias, com
nove pódios -alguns juvenis-,
e Daniele Hypólito, com oito.
"Nunca a vi competindo tanto. É bom para a Jade, porque é
isso o que ela escolheu fazer,
mas a gente fica com o coração
na boca, na torcida, para que
atue bem e não se machuque",
afirma o pai da ginasta carioca,
o arquiteto César Barbosa.
Pelo retrospecto de Jade, 16,
ele pode ficar otimista, pois,
nas vezes em que sua filha esteve na Alemanha neste ano, na
Copa em Cottbus e no Mundial
em Stuttgart, ela voltou com
pelo menos uma medalha.
E melhor: tem se mostrado,
até agora, imune às lesões. O
que mais preocupa a CBG nesta
temporada é evitar que ela volte a sofrer com cálculos renais.
Ao todo, no feminino, 37 ginastas disputam a etapa em
Stuttgart, que hoje verá a fase
de classificação -as finais serão amanhã. No masculino, serão 73 competidores, entre eles
Diego Hypólito e Victor Rosa.
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