São Paulo, sexta-feira, 26 de outubro de 2007

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Jade põe à prova fôlego e série de conquistas

Ginasta disputa na etapa da Copa em Stuttgart seu oitavo torneio no ano e tenta manter seqüência de quase 3 pódios por evento

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

A carioca Jade Barbosa disputa a partir de hoje em Stuttgart, na Alemanha, a etapa da Copa do Mundo em que colocará à prova o status de melhor ginasta do país na atualidade e a resistência de sua parte física.
Assim que pisar no tablado da Porsche-Arena, Jade irá se tornar a brasileira que mais atuou neste ano em torneios de peso da ginástica artística.
Ela participa agora de seu oitavo campeonato na temporada, sendo o sétimo de caráter internacional, uma marca expressiva, que contribui tanto para que ganhe experiência como para tenha atenção especial para que não se machuque.
"A Jade foi escolhida porque tem de somar o maior número possível de pontos na Copa para a finalíssima de 2008. Tivemos mais de um mês para recuperá-la depois do Mundial. Por isso não há problema", afirma Eliane Martins, supervisora de seleções da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).
A atleta, principal aposta do técnico da seleção, Oleg Ostapenko, para a Olimpíada, foi escolhida, ao lado de Daniele Hypólito, pelo fato de ser a única disponível na equipe permanente. Daiane dos Santos e Laís Souza estão fora de ação, recuperando-se, e as demais não têm idade para atuar na Copa.
Alçada à condição de estrela durante o Pan-2007 (ganhou ouro, prata e bronze) e à de sensação no último Mundial (bronze), Jade afirma que sente cansaço, mas que ele já é parte integrante de sua rotina.
"É difícil competir sempre. Mas eu não me preocupo com isso. Estou acostumada", afirma a atleta. "Hoje sou mais reconhecida. O único problema é que a adrenalina é a mesma a cada torneio", completa Jade, admitindo sentir frio na barriga antes de cada apresentação.
Neste ano, em que fez sua estréia nos eventos adultos, Jade registra a média de um torneio a cada 28 dias e supera suas compatriotas por ter conquistado 19 pódios, uma média de 2,7 por competição. Quem mais se aproxima dela são Ana Cláudia Silva e Khiuani Dias, com nove pódios -alguns juvenis-, e Daniele Hypólito, com oito.
"Nunca a vi competindo tanto. É bom para a Jade, porque é isso o que ela escolheu fazer, mas a gente fica com o coração na boca, na torcida, para que atue bem e não se machuque", afirma o pai da ginasta carioca, o arquiteto César Barbosa.
Pelo retrospecto de Jade, 16, ele pode ficar otimista, pois, nas vezes em que sua filha esteve na Alemanha neste ano, na Copa em Cottbus e no Mundial em Stuttgart, ela voltou com pelo menos uma medalha.
E melhor: tem se mostrado, até agora, imune às lesões. O que mais preocupa a CBG nesta temporada é evitar que ela volte a sofrer com cálculos renais.
Ao todo, no feminino, 37 ginastas disputam a etapa em Stuttgart, que hoje verá a fase de classificação -as finais serão amanhã. No masculino, serão 73 competidores, entre eles Diego Hypólito e Victor Rosa.


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