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Por meta em 2012, Reino Unido importa atletas do Leste Europeu
Federação traz lutadores para treinar na Inglaterra e mira naturalizações
DA REPORTAGEM LOCAL
O Reino Unido já traça estratégia para ter uma equipe competitiva em todas as modalidades na Olimpíada de Londres,
em 2012. A idéia é importar
atletas de diversos países para
compor a delegação nacional.
O novo foco de interesse dos
britânicos são nações do Leste
Europeu. Para os cartolas, a
"legião estrangeira" será essencial para que seja cumprido
o objetivo britânico de ficar entre os quatro melhores no quadro de medalhas, fato que não
ocorre desde Paris-1924.
Dois treinadores ucranianos,
contratados pela federação local de lutas, viajam por países
da antiga Cortina de Ferro tentando arregimentar atletas que
queiram se naturalizar.
Ucrânia e Bulgária, potências na modalidade, são os alvos. Oficialmente, convidam os
lutadores para período de treinamento, duas vezes por dia,
em Salford, cidade próxima a
Manchester. Eles serviriam como sparrings dos britânicos.
Mas o objetivo final é mesmo
seduzir os competidores para
que se naturalizem.
Os primeiros cinco lutadores
chegaram à Inglaterra no final
do ano passado com visto de
trabalho. E, com cinco anos de
residência, terão direito a tirar
um passaporte britânico.
O objetivo é formar um time
forte de 11 atletas. Em contraste, o Reino Unido tenta classificar apenas um lutador para os
Jogos de Pequim, em agosto.
Os destaques entre os "importados" são Yana Stadnik e
Olga Butkevich, ex-campeãs do
Europeu júnior. Elas competiram pela Ucrânia, respectivamente, em 2005 e 2006.
A equipe também conta com
os búlgaros Krasomir Krastonov, Oleg Druzhynets e Miroslav Dykan. Este último é o mais
habituado ao local. Chegou ao
Reino Unido em 2003 e casou-se com uma inglesa -deve ganhar passaporte neste mês.
A mão-de-obra local é considerada pouco competitiva particularmente entre as mulheres, cuja disputa estreou na
Olimpíada de Atenas-2004.
Malcolm Morley, dirigente
da federação de lutas, nega que
haja coação na iniciativa.
"Não os contratei querendo
que eles fiquem aqui cinco
anos. Mas, se eles ficarem, estarão aptos [a se naturalizar]. Se
eles quiserem ficar aqui, serão
bem-vindos", afirmou o cartola
ao diário "Evening Standard".
No entanto, Morley deixa
claro as segundas intenções.
"Se a pessoa tem passaporte
britânico, não há problema que
seja ucraniana, iraniana ou que
diabo ela seja. Com o passaporte, ela poderá competir pelo
Reino Unido. Por que ela seria
proibida disso?", questiona.
Stadnik, uma das ucranianas
recrutadas pelo programa, deixa em aberto a opção. "Meu sonho é competir na Olimpíada
de Londres", afirma, sem deixar claro sob qual bandeira.
O governo britânico criticou
a iniciativa. "Não acreditamos
nesse método de conceder passaportes para conseguir êxito
em 2012", divulgou o órgão responsável pelo esporte.
Para desenvolver suas atividades, a federação de lutas recebe 900 mil (R$ 2,37 milhões) por ano do governo.
Com agências internacionais
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