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A 500 dias da Copa, África teme crise e segurança
DA REPORTAGEM LOCAL
Os problemas nas obras que
fizeram a Fifa cogitar um plano
B para a Copa do Mundo de
2010 parecem ter sido contornados. Mas, a 500 dias da abertura do evento, a África do Sul
ainda mostra dificuldade para
se livrar de alguns fantasmas.
Os cronogramas de construção dos cinco novos estádios e
as reformas das demais arenas
estão mais ou menos em dia. As
greves de operários por melhores condições de trabalho parecem ter sido superadas. E, no
fim de 2008, o governo injetou
mais US$ 140 milhões para cobrir gastos extras.
"Será um momento histórico. Nós confiamos na habilidade dos africanos para organizar
a competição", disse ontem,
marco dos 500 dias, o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Com as preocupações com as
obras acalmadas, o foco agora
recai sobre outros temas, como
transporte, segurança e crise.
O país não conta com sistema
de transporte amplo, eficiente
e seguro, e a realização da Copa
é vista como chance de melhorar a realidade da população.
Johanesburgo terá um trem
rápido ligando o aeroporto ao
centro comercial e hoteleiro da
cidade. A previsão é a de que fique pronto só no fim do ano. O
novo sistema de ônibus também não deve ser implantado a
tempo da Copa das Confederações, em junho. O torneio é um
teste para a sede da Copa-2010.
Outra área bastante preocupante é a segurança.
O governo planeja recrutar
25% mais policiais (ou 55 mil)
até o próximo ano. Empresas
de segurança privada também
serão chamadas para ajudar.
Mas, com as dúvidas sobre a
segurança e a crise econômica,
a expectativa sobre o número
de visitantes no país decaiu. A
previsão foi ajustada para 450
mil, metade da projeção inicial.
Os organizadores do Mundial dizem não ter problemas
financeiros, apesar do crescimento dos gastos. O Mundial
deve custar cerca de US$ 1,2
milhão (R$ 2,8 bilhões).
A crise, no entanto, deve afetar os lucros. É o que acredita o
presidente da Fifa. "Não teremos o mesmo retorno de 2006
[na Alemanha]. Mas, para a Fifa, não é importante tirar dinheiro da África, e sim é importante que os africanos apreciem organizar o Mundial."
Com agências internacionais
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