São Paulo, terça-feira, 27 de janeiro de 2009

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A 500 dias da Copa, África teme crise e segurança

DA REPORTAGEM LOCAL

Os problemas nas obras que fizeram a Fifa cogitar um plano B para a Copa do Mundo de 2010 parecem ter sido contornados. Mas, a 500 dias da abertura do evento, a África do Sul ainda mostra dificuldade para se livrar de alguns fantasmas.
Os cronogramas de construção dos cinco novos estádios e as reformas das demais arenas estão mais ou menos em dia. As greves de operários por melhores condições de trabalho parecem ter sido superadas. E, no fim de 2008, o governo injetou mais US$ 140 milhões para cobrir gastos extras.
"Será um momento histórico. Nós confiamos na habilidade dos africanos para organizar a competição", disse ontem, marco dos 500 dias, o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Com as preocupações com as obras acalmadas, o foco agora recai sobre outros temas, como transporte, segurança e crise.
O país não conta com sistema de transporte amplo, eficiente e seguro, e a realização da Copa é vista como chance de melhorar a realidade da população.
Johanesburgo terá um trem rápido ligando o aeroporto ao centro comercial e hoteleiro da cidade. A previsão é a de que fique pronto só no fim do ano. O novo sistema de ônibus também não deve ser implantado a tempo da Copa das Confederações, em junho. O torneio é um teste para a sede da Copa-2010.
Outra área bastante preocupante é a segurança.
O governo planeja recrutar 25% mais policiais (ou 55 mil) até o próximo ano. Empresas de segurança privada também serão chamadas para ajudar.
Mas, com as dúvidas sobre a segurança e a crise econômica, a expectativa sobre o número de visitantes no país decaiu. A previsão foi ajustada para 450 mil, metade da projeção inicial.
Os organizadores do Mundial dizem não ter problemas financeiros, apesar do crescimento dos gastos. O Mundial deve custar cerca de US$ 1,2 milhão (R$ 2,8 bilhões).
A crise, no entanto, deve afetar os lucros. É o que acredita o presidente da Fifa. "Não teremos o mesmo retorno de 2006 [na Alemanha]. Mas, para a Fifa, não é importante tirar dinheiro da África, e sim é importante que os africanos apreciem organizar o Mundial."


Com agências internacionais


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