São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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Ataque badalado faz pouco no Peru

SUB-20
A despeito da presença de estrelas, Brasil de Ney Franco marca menos gols que times antecessores


DE SÃO PAULO

O badalado ataque da seleção brasileira sub-20 produziu menos do que suas versões anteriores, que não tinham estrelas como Neymar.
Na primeira fase do Sul-Americano da categoria, a equipe dirigida pelo técnico Ney Franco marcou nove gols em quatro partidas.
Nas cinco edições anteriores do mesmo torneio, o Brasil anotou pelo menos dez gols nesses quatro jogos. A média das últimas edições é de 12 gols na primeira fase.
Em 2009, 2007 e 2005, a seleção brasileira avançou à fase final depois de ter anotado dez gols na primeira fase. Em 2003 e 2001, foram 15 gols.
Os comandados por Ney Franco citaram a violência dos adversários como o principal obstáculo para uma melhor produção ofensiva.
O meia Lucas disse ontem, em entrevista ao UOL, que jogou boa parte da primeira fase com uma lesão no dedo mínimo do pé direito.
"Quanto mais me batem, mais eu gosto de jogar", declarou o atacante Neymar na semana passada.
O astro do Santos é a síntese do que aconteceu com o ataque do time de Ney Franco. Na estreia no Sul-Americano, que é disputado no Peru, a seleção brasileira venceu o Paraguai por 4 a 2, com quatro gols de Neymar.
Desde então, o santista caiu de produção. E o resto do time foi junto com ele.
Ante a Colômbia, segundo adversário do Brasil, Neymar anotou um gol no triunfo por 3 a 1. Depois, a seleção sofreu para empatar com a Bolívia por 1 a 1 (com atuação discreta de Neymar). Na última rodada, bateu o Equador por 1 a 0, com um time misto. Neymar viu o jogo no banco.
Por outro lado, os cinco gols anotados nas duas primeiras partidas serviram para que Neymar alcançasse o artilheiro da competição anterior -Walter, então no Internacional, fez cinco gols em todo o torneio de 2009.
O Brasil encerrou sua participação na primeira fase do Sul-Americano sub-20 como líder invicto do Grupo B, com dez pontos. Assim, garantiu vaga no hexagonal final.
A seleção brasileira fará os últimos cinco jogos da competição em Arequipa, cidade no extremo sul do Peru, distante cerca de mil quilômetros da capital Lima.
A preocupação de jogadores e comissão técnica agora é com a altitude -2.335 metros acima do nível do mar.
"Para quem já está lá vai ser tranquilo, para nós vai ser cansativo", disse o meia Alan Patrick, em referência aos adversários do Grupo A, que tiveram todos os jogos da primeira fase sediados em Arequipa. Até agora, o Brasil jogou em Tacna e Moquegua.
O torneio dá duas vagas para Londres-2012 e quatro lugares para o Mundial.


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