São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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Volta de Baby Doc desperta saudosismo

DO ENVIADO A PORTO PRÍNCIPE

O campo, que tinha grama, hoje só tem terra. As traves continuam em pé, mas agora têm cordões amarrados a elas. São a sustentação das barracas.
Há um ano, era ali que Jean-Batiste Woodley Mágie, 19, praticava futebol. Hoje, o local é um acampamento de desabrigados do terremoto no Haiti.
O campo do centro esportivo de Carrefour, onde a família de Jean-Batiste mora hoje, foi fundado por Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, há 29 anos.
A volta do ex-ditador a Porto Príncipe, há uma semana, após 25 anos de exílio na França, aguça a memória dos haitianos.
"Baby Doc construiu este centro. Desde que ele saiu, o esporte só piorou", falou o diretor do centro esportivo, Gerson Edee.
No governo de Baby Doc, de 1971 a 1985, o Haiti foi pela primeira e única vez para uma Copa (1974).
Já para os Jogos disputados nesse período, o ex-ditador levava seus amigos, e não os melhores atletas.
Mesmo assim, o vice- -presidente da Federação Haitiana de Atletismo, Drukens Louis, 43, lembra saudoso do governo ditatorial. "O esporte era melhor, tinha mais dinheiro, e a população tinha mais amor pelo país." (MM)


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