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VÔLEI
Título da seleção não aumenta interesse, e campeonatos feminino e masculino vêem torcedores irem menos aos ginásios
Superliga pós-Mundial perde prestígio
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O título mundial conquistado
pelo Brasil no ano passado não
conseguiu alavancar o interesse
dos torcedores pelo vôlei na primeira fase da Superliga.
A média de público nos ginásios
caiu em relação à do ano passado,
e a torcida, apesar dos holofotes
estarem voltados para a seleção
masculina, continua a prestigiar
mais as partidas femininas.
Na fase de classificação da Superliga masculina 2001/2002, os
jogos tiveram uma média de 798
torcedores no primeiro turno e de
632 na etapa seguinte.
Neste ano, foram 630 no primeiro turno e 673 até a penúltima rodada da competição, que encerra
a fase classificatória hoje.
O torneio feminino, embora
ainda atraia mais torcedores aos
ginásios, também teve queda.
Em sua última edição, a Superliga viu uma média de 1.526 pessoas nos ginásios no primeiro turno e de 1.138 no segundo.
O torneio deste ano levou uma
média de 1.085 torcedores por jogo no primeiro turno e de 1.059
até a penúltima rodada da fase
inicial, que também acaba hoje.
Para a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), a diminuição do
público nesta fase da competição
não surpreende nem preocupa. A
entidade credita a queda do interesse dos torcedores à nova fórmula de disputa da competição.
No ano passado, a fase classificatória tinha mais importância na
competição, uma vez que os campeões do turno e do returno asseguravam vaga nos mata-matas,
criando dois pequenos campeonatos dentro da Superliga.
Agora, no masculino, os oito
primeiros colocados avançam às
quartas-de-final. No feminino, todos os times já estão classificados
para a próxima fase.
As equipes que assegurarem
hoje as melhores posições na tabela terão a vantagem de escolher
quais jogos dos mata-matas querem disputar em casa.
"Sabíamos que neste ano o público poderia ser menor. Mas a
tendência é que o público cresça
na fase final. Acredito que iremos
bater nosso recorde [obtido no
ano passado" nas finais", afirmou
Radamés Lattari, coordenador de
vôlei de quadra da CBV.
A média final de público da Superliga 2001/2002 foi de 1.105 pessoas por jogo no masculino; no feminino, de 1.888.
Na final entre Banespa e Telemig-Minas, em Belo Horizonte,
25.482 torcedores foram ao ginásio do Mineirinho assistir à conquista da equipe mineira.
Para o dirigente, a ausência da
maioria das estrelas da seleção
-Giovane, André Nascimento,
Gustavo, Anderson, Dante, Giba e
Nalbert estão fora do país- também explica um menor interesse
pela Superliga masculina.
"Na feminina, estão jogando todas as principais atletas do país.
Além disso, não há hoje nenhum
torneio feminino que concorra
com a Superliga. No masculino,
há o futsal [Taça Brasil] e o basquete [Nacional masculino]."
A Superliga feminina terá quatro jogos na rodada de hoje, a última do returno. BCN/Osasco e Minas ainda disputam a primeira
colocação. No masculino, a Unisul está na liderança e não pode
mais ser alcançada.
NA TV - Superliga masculina,
Palmeiras/Guarulhos x
Minas, Sportv, ao vivo, às 18h
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