São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

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Constância garante Roberto Carlos

DA REPORTAGEM LOCAL

O vigor está longe de ser o mesmo dos bons tempos, mas, em uma época em que jogadores da seleção brasileira estouram músculos e ossos em ritmo alucinante, Roberto Carlos ainda justifica a fama de "homem de ferro".
Seja no Real Madrid ou na seleção, o lateral-esquerdo deu raras chances para os seus reservas jogarem na temporada 2005/2006.
No clube espanhol, dizimado pelas lesões de quase todos os seus galácticos, Roberto Carlos é o jogador de linha que mais minutos disputou no período nas duas principais competições do time.
Nos 32 jogos pelo Espanhol e pela Copa dos Campeões do Real, o brasileiro esteve em campo em nada menos do que 30. Ontem, por exemplo, atuou durante os 90 minutos da derrota de seu time por 2 a 1 para o Mallorca, sob intensa chuva -e ainda ostentou a tarja de capitão. Substituição, aliás, é algo que ele quase ignora. Dos 2.610 minutos que poderia jogar nessas partidas, esteve em campo durante 2.587 deles.
O fato de estar sempre nos gramados revela outra faceta: o atleta evita infrações e raramente é violento nas jogadas que disputa.
Pelas estatísticas levantadas pelo diário espanhol "Marca" e pela Uefa (entidade que comanda o futebol na Europa), Roberto Carlos é tão leal como o paraguaio Gamarra, zagueiro palmeirense famoso por seu jogo limpo.
Somados Espanhol e Copa dos Campeões, o lateral tem a ínfima média de 0,5 falta por partida.
A eficiência nas subidas ao ataque, contudo, já não é tão marcante. No ataque, ele só não decepciona na liga espanhola, onde já marcou quatro gols e fez duas assistências. Em seis jogos pelo principal interclubes europeu, está em branco nesses dois quesitos.
Mesmo criticado atualmente, Roberto Carlos também é figura quase onipresente na seleção brasileira. Ele participou de cinco dos seis jogos que o time fez no segundo semestre do ano passado. (PC)


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