São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011 |
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FIFA Futebol pode ajudar na mudança do país, diz cartola "3º setor" FIFA Diretor de Responsabilidade Social da entidade vê Brasil no caminho certo BERNARDO ITRI ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA Federico Addiechi está longe do glamour que envolve uma Copa do Mundo. Diretor de Responsabilidade Social da Fifa, ele trabalha desde 2003 com ações humanitárias. Sua função é usar o futebol para conscientizar as pessoas de que o desenvolvimento pode ser sustentável. Em entrevista à Folha, Addiechi diz que o Brasil está preparado para, por meio da Copa, avançar socialmente. Folha - Qual é sua atuação na Fifa e nas sedes das Copas? Federico Addiechi - Entendemos que o Mundial traz um incrível impacto na sociedade e no meio ambiente do país-sede. Esse impacto pode ser positivo ou o negativo. Precisamos criar uma consciência nas pessoas sobre a responsabilidade social e a responsabilidade em relação ao meio ambiente. Por exemplo, como reduzir o consumo, como lidar com a água com responsabilidade, como agir com os transportes e o meio ambiente de uma maneira amigável. Com a incrível atenção que a Copa do Mundo gera, é possível lançar uma campanha global de educação do ser humano. Chamar a atenção das pessoas para alguns direitos do ser humano. E um Mundial é uma grande plataforma para se fazer isso. Através da Copa, podemos expor os problemas que estamos tratando no mundo. O futebol é um catalisador de mudanças positivas. O senhor acha que a Copa no Brasil irá melhorar o país? A Copa é um evento, não é apenas o futebol. Ela envolve governos federal, estaduais, das cidades-sedes e setor privado. Acredito que o crescimento que o Brasil teve nos últimos oito anos com o presidente Lula, muito provavelmente, continuará com Dilma Rousseff. O índices mostram que o Brasil é um país responsável socialmente. E a Copa do Mundo de 2014 servirá para frisar isso. Estamos em contato com as autoridades do país, e a resposta que temos é surpreendentemente positiva. Pode dar algum exemplo? O Mundial no Brasil terá 18 mil voluntários que precisam ser treinados. É uma incrível oportunidade para capacitar as pessoas. Depois da Copa, essa capacitação que nós proporcionaremos vai ajudá-los a conseguir mais facilmente um emprego. Na África, fizemos uma campanha sobre a prevenção da malária. Lá, trabalhamos antes da Copa e ainda estamos trabalhando. Até o fim do ano, devemos completar algumas de nossas ações. Texto Anterior: Tênis: Djokovic bate Federer e é tricampeão em Dubai Próximo Texto: Exílio voluntário Índice | Comunicar Erros |
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