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Volante reina no Corinthians de Leão
Quase um terço do elenco atual é formado por "brucutus", que já atuaram improvisados na lateral e na defesa neste ano
Diretoria admite excesso
de atletas para a posição
e diz que pretende reduzir
de nove para cinco o número
para a disputa do Brasileiro
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles são muitos, e hoje refletem a cara de um time aguerrido, mas tecnicamente pobre.
No Corinthians de Emerson
Leão, quem dá as cartas são os
volantes, chamados maldosamente por alguns no mundo do
futebol de "brucutus".
Seja qual for a denominação,
nenhum outro clube grande de
São Paulo tem a quantidade de
atletas para essa posição como
o clube do Parque São Jorge.
Atualmente, os volantes correspondem a quase um terço do
elenco de 31 jogadores. São nove no total. Ou o triplo do que
tem o São Paulo.
O Palmeiras conta com seis
atletas para o setor. No Santos
de Luxemburgo são cinco.
O número exagerado de
"brucutus" no Parque São Jorge é reflexo de um planejamento torto feito pelo clube, que começou a temporada com oito
atacantes (agora tem cinco) e
tem só um lateral-esquerdo.
O diretor de futebol do clube,
Edvar Simões, admite que o número não é o ideal, mas justifica: "Você tem de analisar em
que condições esses jogadores
vieram e também as situações
futuras", explica.
Segundo ele, o clube poderia
perder, no início do ano, Marcelo Mattos e Magrão e não
chegou a acordo para emprestar outros atletas da posição,
como Wendel e Rafael Fefo.
A idéia, agora, é emprestar
dois volantes jovens no Brasileiro e ficar com no máximo
cinco jogadores.
O fato é que, nesta temporada, Leão usou sete volantes,
que só não atuaram de goleiro
do meio-campo para trás. Eles
já atuaram nas duas laterais e
como zagueiros.
Marcelo Mattos e Magrão, os
titulares, são também os homens em quem Leão mais confia no grupo. "Eles são a base de
equilíbrio", disse o técnico.
"Jogar bonitinho e perder
não adianta nada", tem apregoado Mattos, seguindo à risca
a cartilha do chefe.
O treinador também tem
preferência por Daniel, jogador
de poucos recursos técnicos.
Ele já atuou 12 vezes neste ano.
Na semana passada, o clube
recebeu seu primeiro reforço
para a disputa do Brasileiro. E,
adivinhe? É volante. Carlos Alberto, 29, que veio do Figueirense e está suspenso até 12 de
maio por adulterar a idade, como revelou a Folha.
Existe a possibilidade de ele
ser o substituto de Magrão, cujo empréstimo vence no final
de junho. Xodó de Leão, Magrão diz que quer ficar e não vê
problema no excesso de volantes. "Acho que precisamos ter
muitos jogadores para disputar
o Brasileiro", afirma ele.
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