São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2008

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Com gol no final, Palmeiras abraça liderança inédita

Aos 48min do segundo tempo, Jorge Préa, aposta de Luxemburgo, acha vitória e premia série invicta de 11 jogos

Palmeiras 1
Portuguesa 0

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras conseguiu o que queria. Foi dormir líder do Paulista e fez história com 11 jogos de invencibilidade em noite marcante no Parque Antarctica. E também fora dele.
Enquanto a Ponte Preta tropeçava fora de casa com o Rio Claro (1 a 1), e o Corinthians era batido na Vila Belmiro pelo Santos (2 a 1), Jorge Preá marcava o tento da vitória contra a Portuguesa apenas aos 48min da etapa final. Virou herói.
"É uma emoção muito grande. Cheguei como um desconhecido. Estou trabalhando todo dia no CT. O Luxemburgo conhece meu trabalho. Confiou em mim", disse o jogador, que, aos 24 anos de idade, tem no currículo somente uma temporada na segunda divisão gaúcha. Chegou ao Palmeiras por indicação do técnico Vanderlei Luxemburgo com o aval da diretoria palmeirense.
Agora, a tabela põe o Palmeiras na ponta com 34 pontos, seguido de Guaratinguetá -que pega o Mirassol hoje- e Ponte (31). O Corinthians tem 30. No sábado, o time recebe o São Caetano em casa e praticamente pode sacramentar a sua classificação com uma vitória.
Além do triunfo suado, o líder do Estadual igualou a marca alcançada pelo time de Tite, em 2006, que conseguiu ficar 11 partidas sem derrotas. Na ocasião, foram seis triunfos e cinco empates. Os comandados de Luxemburgo conquistaram nove vitórias e dois empates.
No Parque Antarctica, entretanto, as coisas demoraram a dar certo. O Palmeiras começou a partida a mil por hora. Apoiado no trio Valdivia, Alex Mineiro e Denílson -este substituía o suspenso Kléber-, o time passou os primeiros 15 minutos no campo de ataque.
Mas, se sobrou disposição, a pontaria no primeiro tempo deixou a desejar. O Datafolha contabilizou nove finalizações palmeirenses. Apenas uma -uma cobrança de falta de Élder Granja, aos 18min, que o goleiro André Luís foi buscar no ângulo direito- acertou o alvo.
O atacante Alex Mineiro foi o campeão da mira descalibrada. Tentou quatro chutes. Errou todos. O mais surpreendente deles, já aos 44min, quando recebeu sozinho dentro da área mas chutou por cima.
A Portuguesa aproveitava os contra-ataques para assustar os anfitriões. Prova disso é que, mesmo finalizando menos que o oponente nos primeiros 45min (cinco vezes), foi mais perigosa, com três acertos.
Aos 30min, Hálisson pegou rebote do escanteio e chutou no gol. Pierre, em cima da linha, salvou o Palmeiras.
Na etapa final, a sina de Alex Mineiro em errar o gol continuou. Ele recebeu do meia Diego Souza, mas chutou para fora.
Para aumentar a pressão no estádio, o placar eletrônico anunciava o segundo gol do Santos, que, àquela altura, vencia o Corinthians por 2 a 1 e deixava o caminho livre para o Palmeiras disparar no G4.
Luxemburgo mexeu na equipe aos 19min. Tirou Léo Lima e Denílson e apostou em Martinez e Lenny. Depois, tentou Jorge Preá na vaga do frustrado Alex Mineiro.
O gol veio chorado, nos acréscimos. Após testada de David no travessão, a bola foi recuperada por Diego Souza, que encontrou Preá dentro da área. O arremate, com força, veio na mesma intensidade que a festa feita pela torcida.


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