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Ser craque só depende dele, diz treinador
DO ENVIADO A LONDRES
Dunga diz que Alexandre
Pato ainda não é craque. O
atacante não discorda e pensa da mesma forma.
Depois de marcar um golaço na sua estréia na seleção
brasileira, o jogador do Milan evitou comparações com
outros craques, como Ronaldo e Pelé. "Vai demorar muito tempo para eu ser um fenômeno como eles", afirmou
o jovem atacante.
Pouco antes, Dunga também evitou exagerar nos elogios ao atleta que escalou pela primeira vez no time profissional -e o fez somente no
segundo tempo do amistoso
de ontem. "Ele ainda não é
craque. Jogou apenas 30, 40
vezes. Mas tem tudo para ser.
Depende só dele", falou o
treinador, que também
achou um exagero a idéia de
fazer uma placa pelo gol marcado no Emirates Stadium.
O próprio Pato disse que
este não é o gol mais bonito
da sua trajetória no futebol.
"Foi um deles", falou o atacante, que, no entanto, classificou o tento como o "mais
importante" de sua carreira.
Num jogo em que a comemoração do cinqüentenário
da conquista da Copa de 1958
só foi lembrada pelo locutor
do estádio antes de a bola rolar, Pato fez uma homenagem aos ídolos do passado.
"Eu me espelho em todos os
que passaram pela seleção."
Para explicar suas boas
performances em estréias, o
ex-jogador do Internacional
de Porto Alegre diz que sempre tem a vantagem de se
ambientar bem. "Sempre faço parte de uma família."
Dunga comparou características de Pato com as de
Ronaldo, com quem conviveu, ainda como atleta, quando o "Fenômeno" despontava. "Os dois sabiam fazer
gols. Fora de campo, o Pato é
bem mais tímido", falou o
técnico, que deu sinais de
que pode mudar sua preferência por jogadores mais
veteranos nas eliminatórias,
contra Paraguai e Argentina.
"Todo mundo pode mudar, eu também", falou o treinador, que espera mais amistosos antes desses confrontos sul-americanos.
(PC)
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