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Federer tenta recuperar brilho
Suíço estreia hoje em Miami, onde pode ser igualado em títulos de Masters 1.000 pelo rival Nadal
Ainda sem ser campeão em
2009, ex-líder do ranking
afirma saber como derrotar
espanhol, contra quem tem
só 6 vitórias em 19 partidas
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Em visita ao Brasil, em 2007,
o presidente da Federação Suíça de Tênis, René Stammbach,
afirmou não ficar magoado
com o fato de Roger Federer
não priorizar a Copa Davis.
"Daqui a dois anos ele já vai
ter batido o recorde de Grand
Slams [14] e já disse que aí vai
ganhar a Davis", justificou.
O tempo passou. Federer
ainda não conseguiu igualar o
recorde de Pete Sampras (tem
13 títulos) e foi ofuscado pelo
arquirrival, Rafael Nadal.
O espanhol, cinco anos mais
novo (27 e 22), ainda está distante em número de conquistas
na série mais importante do tênis (seis), mas já suplantou Federer no ranking e vai diminuindo a distância dos feitos
conquistados pelos dois.
Campeão dos dois principais
torneios disputados neste ano
(Aberto da Austrália e Masters
1.000 de Indian Wells), Nadal é
o favorito para o Masters 1.000
de Miami, também conhecido
como o quinto Grand Slam.
Se confirmar o favoritismo, o
líder do ranking se iguala a Federer em títulos (14) da série de
torneios que só perde em importância para o Grand Slam.
Nadal também tem grande
chance de superar o recordista
Andre Agassi (17 títulos). Dos
oito Masters 1.000 que restam
na temporada, três são no saibro, piso em que Nadal perdeu
só dois dos últimos 120 jogos.
Sem títulos em 2009 e sem
vencer um Masters 1.000 desde
agosto de 2007, Federer diz não
estar preocupado com sua fase.
"Pode parecer que estou decepcionado pela forma que estou jogando. Mas não é o final
do mundo", disse o suíço, que
estreia hoje contra o americano
Kevin Kim (107º do mundo).
Federer, que mesmo com a
perda do topo em 2008 foi eleito o preferido dos fãs em votação da ATP, também demonstrou otimismo sobre um possível confronto com Nadal.
"Já tentei muitas coisas diferentes contra o Rafa. Mas geralmente é o estilo agressivo que
me fez ganhar dele, especialmente na quadra dura [como
em Miami]", disse ele, que venceu 6 dos 19 jogos com o espanhol -perdeu os cinco últimos.
O vice-líder do ranking, que
será pai neste ano, também falou sobre sua condição física.
"Minhas costas estão bem, mas
gostaria que estivessem ainda
melhor. Felizmente não me
afeta quando estou jogando."
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