DE SÃO PAULO

Há pouco mais de um ano, a Indy desembarcava em São Paulo vendendo a imagem de uma festa brasileira.
Pudera, o país voltava a receber a categoria depois de dez anos, tendo sete pilotos no grid e um dono de equipe. A perspectiva de crescimento era tão grande que até mesmo uma segunda prova nacional era cogitada.
Pelo menos na questão de representatividade, a evolução não veio. A Indy, que abre hoje sua temporada em São Petersburgo, na Flórida, viveu retração e perda de importância dos brasileiros.
Dos sete que correram no Anhembi, restam cinco. E dois deles assinaram com times menos expressivos.
Além disso, Gil de Ferran não emplacou seu time em 2011. O fechamento da De Ferran Dragon quase deixou Tony Kanaan a pé. Campeão em 2004, havia fechado com o time depois de perder seu patrocinador principal e a vaga na Andretti Autosport.
Mas, como a equipe brasileira não vingou, o futuro do baiano ficou indefinido até a semana passada. Sua presença na nova temporada só foi anunciada na segunda.
"Vai dar trabalho, mas eu gosto de desafios", disse Kanaan, sobre a ida para a KV. Assim, o Brasil terá só um piloto num dos três times top: Hélio Castro Neves, na Penske. O tricampeão Dario Franchitti ficou na Ganassi.
Além de Kanaan, Raphael Matos também entra "rebaixado" em 2011. Era da De Ferran no ano passado. Agora, correrá pela nanica AFS.
"A etapa no Brasil ajuda, mas o foco da categoria ainda são os EUA. É difícil achar um patrocinador brasileiro", declarou Mário Moraes, que perdeu vaga. Mário Romancini também está fora.
Na corrida de hoje, o australiano Will Power, da Penske, largará na pole position. O brasileiro melhor colocado será Tony Kanaan, que sairá em oitavo lugar. (RAFAEL REIS)


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