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Pelé desdenha
de racismo e Copa no país
DIMITRI DO VALLE
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM
CURITIBA
Pelé voltou a soltar afirmações
polêmicas ontem, durante a inauguração do Instituto Pelé Pequeno Príncipe, um centro de pesquisas médicas do principal hospital
pediátrico do Paraná.
Primeiro, o "Rei do Futebol"
minimizou o problema do racismo no futebol. "É besteira, bobagem", disse ele, considerando alguns "casos isolados" que deveriam ser "esquecidos". "O que
existe são casos isolados, brigas.
Um xinga o outro. Nem deveria
ser levado em consideração."
A declaração de Pelé ocorre
num momento em que o problema do racismo nos gramados
pressiona a Fifa a enquadrar clubes que tenham torcedores atacando jogadores com manifestações racistas. Casos vêm acontecendo principalmente em estádios europeus, envolvendo inclusive jogadores brasileiros.
Depois, questionado sobre a
viabilidade de uma Copa no Brasil, Pelé disse ser contra o evento.
Argumentou que o país seria reprovado quando a Fifa realizasse
vistoria em seus estádios. "A Arena [estádio do Atlético-PR] seria
o único que passaria na vistoria."
Ele disse que só seria favorável
se a iniciativa privada assumisse a
organização, citando como exemplo a Copa nos EUA, em 1994. E
afirmou reprovar a possibilidade
de o poder público injetar verbas
num evento como esse. "O Brasil
tem problemas demais para resolver. É muito dinheiro para gastar
num evento que dura 30 dias."
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