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foco
Em casa, Gustavo vai para o "dérbi" campineiro mais importante de sua vida
DO ENVIADO A CAMPINAS
Na residência dos Franchin
Schiavolin, no bairro São Bernardo, em Campinas, o verde
que já vestiu o amor pelo
Guarani agora agasalha a nova paixão palmeirense. Hoje,
a família do zagueiro Gustavo
está pronta para o "dérbi".
"Não estamos divididos.
Somos 100% Palmeiras", diz
o pai do jogador, Sérgio Luiz
Schiavolin, 49, pouco mais de
um ano de "palestrice".
Ao lado da mulher, Jurema
Ferreira Franchin Schiavolin, 47, as lembranças do começo da carreira do filho no
Guarani misturam-se às memórias dos tempos em que o
pai levava o filho aos jogos no
estádio Brinco de Ouro.
Foi no Guarani onde Gustavo começou a carreira profissional, em 1999. Foi lá também onde, nos tempos de juvenil, a mãe carregava o filho
para os treinos. Ao todo, foram sete anos no clube.
Mas uma oferta da Rússia
separou momentaneamente
o cordão umbilical de Gustavo com Campinas. No Dínamo de Moscou, ele teve a primeira experiência longe dos braços da família.
"Pra mim foi muito doloroso", confessa dona Jurema.
O verde vestiria o zagueiro
mais uma vez em 2003, no
Goiás, antes do primeiro
grande desafio profissional
de Gustavo: jogar pela Ponte
Preta, onde ficou um ano (entre o segundo semestre de
2004 e o primeiro de 2005).
"Até o primeiro dérbi [contra o Guarani], a torcida desconfiava dele. Mas aí o Gustavo foi o destaque do jogo. A
Ponte não ganhava em casa
havia anos", lembra Sérgio.
A passagem pelo alvinegro
de Campinas foi curta. E depois de jogar no CRB-AL, o
defensor chegou ao Paraná,
em 2006, onde ganhou o Estadual com o técnico Caio Júnior. O mesmo treinador que,
no ano seguinte, bancaria a
vinda dele para o Palmeiras.
No clube do Parque Antarctica, Gustavo fez a família de
descendência italiana virar a
casaca definitivamente.
"A parte da família que mora na capital é toda palmeirense", justifica o pai, que recebeu a reportagem da Folha
devidamente trajado com
uma camisa do clube ao qual
devota seu novo amor.
Do tipo caseiro, que não
desperdiça a chance de reencontrar os amigos da cidade
natal, Gustavo nunca foi hostilizado por ter defendido os
dois clubes de Campinas.
De volta ao lar, hoje à tarde
o ex-bugrino Gustavo está
pronto para mais um "clássico" contra a Ponte. E com fama de pé-quente, segundo
seu pai. "O Gustavo nunca
perdeu um dérbi."
(RC)
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