São Paulo, domingo, 27 de abril de 2008

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foco

Em casa, Gustavo vai para o "dérbi" campineiro mais importante de sua vida

DO ENVIADO A CAMPINAS

Na residência dos Franchin Schiavolin, no bairro São Bernardo, em Campinas, o verde que já vestiu o amor pelo Guarani agora agasalha a nova paixão palmeirense. Hoje, a família do zagueiro Gustavo está pronta para o "dérbi".
"Não estamos divididos. Somos 100% Palmeiras", diz o pai do jogador, Sérgio Luiz Schiavolin, 49, pouco mais de um ano de "palestrice".
Ao lado da mulher, Jurema Ferreira Franchin Schiavolin, 47, as lembranças do começo da carreira do filho no Guarani misturam-se às memórias dos tempos em que o pai levava o filho aos jogos no estádio Brinco de Ouro.
Foi no Guarani onde Gustavo começou a carreira profissional, em 1999. Foi lá também onde, nos tempos de juvenil, a mãe carregava o filho para os treinos. Ao todo, foram sete anos no clube.
Mas uma oferta da Rússia separou momentaneamente o cordão umbilical de Gustavo com Campinas. No Dínamo de Moscou, ele teve a primeira experiência longe dos braços da família.
"Pra mim foi muito doloroso", confessa dona Jurema.
O verde vestiria o zagueiro mais uma vez em 2003, no Goiás, antes do primeiro grande desafio profissional de Gustavo: jogar pela Ponte Preta, onde ficou um ano (entre o segundo semestre de 2004 e o primeiro de 2005).
"Até o primeiro dérbi [contra o Guarani], a torcida desconfiava dele. Mas aí o Gustavo foi o destaque do jogo. A Ponte não ganhava em casa havia anos", lembra Sérgio.
A passagem pelo alvinegro de Campinas foi curta. E depois de jogar no CRB-AL, o defensor chegou ao Paraná, em 2006, onde ganhou o Estadual com o técnico Caio Júnior. O mesmo treinador que, no ano seguinte, bancaria a vinda dele para o Palmeiras.
No clube do Parque Antarctica, Gustavo fez a família de descendência italiana virar a casaca definitivamente.
"A parte da família que mora na capital é toda palmeirense", justifica o pai, que recebeu a reportagem da Folha devidamente trajado com uma camisa do clube ao qual devota seu novo amor.
Do tipo caseiro, que não desperdiça a chance de reencontrar os amigos da cidade natal, Gustavo nunca foi hostilizado por ter defendido os dois clubes de Campinas.
De volta ao lar, hoje à tarde o ex-bugrino Gustavo está pronto para mais um "clássico" contra a Ponte. E com fama de pé-quente, segundo seu pai. "O Gustavo nunca perdeu um dérbi." (RC)


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